49 °Capitulo - Addicted
O padre nos declarou marido e mulher e vendo o sorriso no rosto da Lu eu sentia como se ela fosse um espelho,
porque eu devia estar exatamente com o mesmo sorriso. Os olhos dela estavam mais transparentes que o normal, pelo menos pra mim, e tudo que eu conseguia ver neles era felicidade. Nada de toda aquela insegurança que nos assombrou por tantos anos.
Saímos da igreja de mãos dadas, cumprimentando algumas pessoas e sorrindo para quem quer que fosse. Diego estava no colo de Micael brincando com seus cabelos nos fazendo rir.
Quando chegamos do lado de fora a limusine que os caras da banda tinham alugado para nós, estava esperando para nos levar até o lugar da festa. Nos despedimos rapidamente das pessoas e entramos no enorme carro que tinha as palavras "Recém Casados" no vidro traseiro. Foi um pouco difícil para a Lua conseguir entrar com aquele vestido cheio de panos, mas ela, Sophia e Mel deram um jeito.
- Vejo vocês na festa. – Falei recebendo uns tapinhas nas costas. – Se importa de ir com o Micael e a Sophia? – Perguntei pegando Diego no colo e ele negou balançando a cabeça e sorrindo.
- Quero falar com a mamãe. – Ele falou apontando pra dentro do carro e eu concordei botando-o sentado no banco ao lado da Lu.
- Diga, meu amor. – Ela sorriu colocando-o no colo.
- Você tá linda. – Ele fez uma cara sapeca que fez a Lu quase se desmanchar em lágrimas.
- Brigado, meu amor. Você também tá lindo e foi o pajém mais perfeito de todos! – Ela o abraçou beijando sua cabeça em seguida. – Amo você, meu príncipe!
- Também amo você, mãe. – Diego olhou da Lu pra mim. – E você, pai. – Sorrimos os três e ele escorregou pelo bando saltando do carro. – Não esquece de falar pra ela. – Ele falou um pouco mais baixo, mas não baixo o suficiente pra Lua não ouvir, já que ela me olhou com a sobrancelha arqueada. Sorri pra ele passando a mão por sua cabeça e ele correu para onde Sophia e Micael estavam parados nos observando.
Entrei no carro sorrindo para o chofer e ele fez um aceno com a cabeça ligando o carro.
- Não esquece de me falar. – A Lu sorriu sugestiva.
Peguei sua mão que estava com a aliança e beijei novamente seu dedo.
- Olha o que tem dentro dela. – Falei sorrindo. Ela me olhou em dúvida e depois tirou a aliança do dedo olhando a parte de dentro.
- Aw! – Lua deixou uma exclamação sair e levou sua mão livre até sua boca.
Dentro da aliança a frase "meant to be" podia ser lida.
Peguei a aliança da mão dela e coloquei novamente em seu dedo desejando que ela nunca saísse dali.
O local da festa era uma enorme casa de eventos que estava toda decorada com lírios brancos cuidadosamente escolhidos pela Lu. A casa estava com a decoração toda branca e era incrível como eu podia perceber a Lua em todas as partes da decoração. Quando entramos fomos recebidos por alguns garçons e pessoas que trabalhavam ali, além de alguns convidados que já haviam chegado.
Aos pouco a casa foi se enchendo de pessoas e a musica que vinha do salão onde seria a boate já podia ser ouvida. Eu e a Lu estávamos circulando entre as mesas cumprimentando os convidados e tirando intermináveis fotos. Se ela não estivesse comigo e eu não sentisse a felicidade percorrendo cada centímetro do meu corpo eu provavelmente estaria achando aquilo tudo um tédio. Diego vez ou outra nos acompanhava pelas mesas, mas acredito que ele ficava desconfortável com tantas pessoas apertando suas bochechas e dizendo o quão lindo ele era e acabava voltando para a mesa onde Micael, Sophia, Chay, Mel e Pedro estavam.
- Juro que não vou te matar se você disser que também não agüenta mais isso. – A Lu comentou baixo forçando um sorriso enquanto íamos em direção a outra mesa com alguns parentes meus.
- Tá brincando? Eu tô amando isso aqui! – Falei irônico fazendo a Lu gargalhar. – Só faltam algumas mesas, amor. E depois nós podemos nos divertir e aproveitar o nosso dia! – A segurei pela cintura e ela me deu um selinho demorado antes de se virar e sorrir para as pessoas que estavam na mesa mais próxima.
Mais de meia hora depois, finalmente paramos na ultima mesa que era a que os caras estavam junto com as meninas.
- Ai, não acredito que acabou! – A Lu comentou enquanto abraçava Soph que ria da cara dela. – Sério quando vocês forem casar façam uma cerimônia simples. – Ela riu agora abraçando Mel.
Micael foi o primeiro a me abraçar e me desejar tudo de bom, depois o Chay e então o Pedro que fez praticamente um discurso.
Tiramos algumas fotos, a maioria deve ter ficado engraçada já que fazíamos caretas e poses nada convencionais arrancando risadas das pessoas mais próximas. O garçom chegou com várias taças de champanhe e nós brindamos animados. Eu praticamente esvaziei o copo e quando olhei para a Lua vi que ela tinha feito o mesmo.
- Hoje o dia é nosso, a gente pode! – Ela sorriu dando de ombros e me abraçando pela cintura. Concordei a apertando contra meu corpo e beijei sua boca de verdade pela primeira vez naquele dia. Sua língua brincou com a minha me fazendo sorrir enquanto eu sentia todas as sensações boas que o beijo dela me causava. O beijo só foi interrompido quando nossas mães chegaram dizendo que tínhamos que tirar mais algumas fotos com elas e com o pai da Lu. Ela rolou os olhos discretamente me fazendo rir enquanto a puxava pela mão para a enorme mesa onde estava o bolo de quatro andares com dois bonequinhos em cima.
- Essa bonequinha é gorda. – Ela fez uma careta.
- Eu gostei, parece a gente mesmo. – Dei de ombros fazendo-a entortar a boca.
Tiramos mais algumas fotos com nossos pais e Diego e depois finalmente nossas mães nos liberaram e voltamos para a mesa que estávamos antes.
- Não esqueçam que daqui a pouco é hora da valsa. – minha mãe nos lembrou e eu fz careta recebendo um tapinha num braço dado pela Lu.
- Não pisa no meu pé! – Ela falou rindo.
- Pisar no seu pé? Eu sou um pé de valsa, meu bem. Vai ser a melhor valsa que você já dançou na sua vida!
- Além de ser a única. – Ela completou rindo da minha cara.
- Vamos sentar? – Perguntei apontando a mesa em que nossos amigos estavam e ela fez bico cruzando os braços.
- Nãão, fica aqui comigo. Quero ficar só com você. – Ela passou os braços por meu pescoço e eu sorri cruzando os meus em sua cintura. – Eu quero aproveitar minhas primeiras horas de casada com meu marido. – Ela riu passando o nariz pelo meu.
- É? E eu quero aproveitar todas as minhas horas de casado com a minha mulher. – Beijei rapidamente seus lábios. – Só minha. – Repeti mais baixo vendo-a sorrir e a trouxe mais pra perto encostando nossas bocas e deixando que ela controlasse a situação e me provocasse mordendo meu lábio inferior.
Vi algum flash ser disparado em nossa direção, mas nem liguei. Segurei o rosto da Lu com uma de minhas mãos e o acariciei enquanto ela sorria sem partir o beijo e eu fazia o mesmo.
Estávamos indo em direção à pista de dança para que a Lu jogasse o buquê e nós dançássemos a valsa, quando ela parou de repente e olhou para a entrada. Repeti seu gesto e vi Jenny entrando junto com o noivo, Philiphe. Ela apertou minha mão e me olhou sorrindo sem jeito.
- Você quem sabe. – Falei sincero dando de ombros. Ela balançou a cabeça concordando e me puxou pela mão até onde Jenny estava.
- Hey, Jenny. Fico feliz que você tenha vindo. – Falou um pouco sem graça e Jenny sorriu.
- Me desculpem não ter ido para a igreja, é que como eu falei, o Philiphe chegou hoje de viagem.
- Não tem problema. Ficamos felizes que você tenha vindo mesmo que só para a festa. – Apertei a mão da Lu a encorajando. – E eu queria te pedir desculpas por, hm... tudo na verdade.
- Ah, imagina, Lu. Não tem problema algum, nem tem o que se desculpar. – Jenny sorriu passando a mão pelo braço da Lua.
- E eu também queria te agradecer. – Ela continuou. – A aliança é simplesmente linda. – Lua mostrou a mão que tinha a aliança. – Você faz um ótimo trabalho.
A verdade é que a Jenny é vendedora de jóias por encomenda e eu já havia visto algumas jóias que ela tinha feito, e por isso resolvi a escolher para fazer a aliança do nosso casamento. Nunca houve nada entre mim e a Jenny, a gente se encontrou apenas umas duas vezes para que eu pudesse lhe dizer como queria o anel e ela soubesse o exato tamanho dos nossos dedos.
- Muito obrigada, eu fico feliz que vocês tenham gostado. – Sorriu sincera nos olhando.
- Hm... se quiser aproveitar, a Lu vai jogar o buquê agorinha. – Desviei o assunto e apontei para a pista de dança. Jenny olhou para o noivo e ele sorriu.
- Vai lá pegar o buquê.
Fomos novamente em direção a pista de dança onde algumas amigas da Lu, minhas primas e até amigas da minha mãe já estavam ansiosas para pegar o buquê. Imaginei todas aquelas mulheres se matando por causa de um simples ramo de flores e ri sozinho.
- Boa sorte! – Falei antes de dar um selinho na Lu e ir para onde os caras estavam olhando para as namoradas e rindo.
Micael deu dois tapinhas em meu ombro e me sacudiu.
- Maridãão! – Ele riu. – Cara, nem acredito que vocês casaram. Achei até que o Chay e a Mel iam primeiro. – Ele olhou para Chay que riu balançando a cabeça.
- Eu também. – Pedro comentou sem tirar os olhos da Vicky que ria enquanto a Lu fingia que ia jogar o buquê deixando as mulheres ainda mais histéricas.
- Um, dois... – A Lu começou a fazer a contagem. – Três! – Ela finalmente jogou o buquê que por coincidência, ou destino, caiu exatamente nas mãos de Sophia e Melanie.
Eu e Pedro começamos a rir alto enquanto o Chay e o Micael se entreolhavam sem acreditar. Soph e Mel deram pulinhos animados e abraçaram a Lu sorrindo.
- Pegamos! – As duas disseram juntas correndo até os namorados e os abraçando.
- Amiga, se importa se eu ficar com ele? – Sophia perguntou abraçando Micael pela cintura e segurando o buquê com a mão livre.
- Claro que não, boba. O que vale é que nós duas pegamos! – Mel sorriu e puxou Chay para um beijo.
Olhei para Lu que vez um gesto sexy com o dedo me chamando para a pista de dança e eu ri indo até ela e a abraçando pela cintura. As luzes ficaram mais fracas e um holofote de luz branca incidiu sobre a gente enquanto as pessoas se aproximavam e formavam um círculo em volta da gente para nos observar.
- Se prepare para a melhor valsa da sua vida. – Falei a olhando nos olhos ela concordou com um sorriso.
She may be the face I can't forget.
Ela pode ser o rosto que eu não consigo esquecer
A trace of pleasure or regret
O caminho para o prazer ou para o desgosto
May be my treasure or the price I have to pay.
Pode ser meu tesouro ou o preço que eu tenho que pagar
She may be the song that summer sings.
Ela pode ser a música de verão
May be the chill that autumn brings.
Pode ser o frio que o outono traz
May be a hundred different things
Pode ser cem coisas diferentes
Within the measure of a day.
Em um dia.
Nos movimentávamos lentamente pela pista sem conseguir tirar os olhos um do outro. Eu cantava a música baixinho enquanto via a mulher da minha vida ali na minha frente com os olhos cheios de lágrimas e o sorriso mais sincero que alguém pode ter.
She may be the beauty or the beast.
Ela pode ser a bela ou a fera
May be the famine or the feast.
Pode ser a fome ou a abundância
May turn each day into a heaven or a hell.
Pode transformar cada dia em um paraíso ou em um inferno
She may be the mirror of my dreams.
Ela pode ser o espelho de todos os meus sonhos
A smile reflected in a stream
Um sorriso refletido em um rio
She may not be what she may seem
Ela pode não ser o que ela parece
Inside her shell
Dentro da sua concha
She who always seems so happy in a crowd
Ela, que sempre parece tão feliz no meio da multidão.
Whose eyes can be so private and so proud
Cujos olhos parecem tão secretos e tão orgulhosos
No one's allowed to see them when they cry
Ninguém pode vê-los quando eles choram
She may be the love that cannot hope to last
Ela pode ser o amor, que não espera que dure
May come to me from shadows of the past
Pode vir a mim das sombras do passado
That I'll remember till the day I die
Que eu irei me lembrar até o dia de minha morte
Dei um beijo de leve em seu nariz vendo-a abrir um sorriso bobo e passei minha mão, que ainda estava entrelaçada na sua, por seu rosto enxugando as lágrimas que ela havia deixado escapar.
She may be the reason I survive
Ela pode ser a razão pela qual eu vivo
The why and wherefore I'm alive
O porquê e pelo que eu estou vivendo
The one I'll care for through the rough and ready years
A pessoa que cuidarei nos tempos e nas horas mais difíceis
Me I'll take her laughter and her tears
Eu irei levar as risadas e as lágrimas dela
And make them all my souvenirs
E farei delas todas as minhas lembranças
For where she goes I've got to be
Para onde ela for, eu tenho que estar lá
The meaning of my life is
O sentido da minha vida é ela
She... she.
porque eu devia estar exatamente com o mesmo sorriso. Os olhos dela estavam mais transparentes que o normal, pelo menos pra mim, e tudo que eu conseguia ver neles era felicidade. Nada de toda aquela insegurança que nos assombrou por tantos anos.
Saímos da igreja de mãos dadas, cumprimentando algumas pessoas e sorrindo para quem quer que fosse. Diego estava no colo de Micael brincando com seus cabelos nos fazendo rir.
Quando chegamos do lado de fora a limusine que os caras da banda tinham alugado para nós, estava esperando para nos levar até o lugar da festa. Nos despedimos rapidamente das pessoas e entramos no enorme carro que tinha as palavras "Recém Casados" no vidro traseiro. Foi um pouco difícil para a Lua conseguir entrar com aquele vestido cheio de panos, mas ela, Sophia e Mel deram um jeito.
- Vejo vocês na festa. – Falei recebendo uns tapinhas nas costas. – Se importa de ir com o Micael e a Sophia? – Perguntei pegando Diego no colo e ele negou balançando a cabeça e sorrindo.
- Quero falar com a mamãe. – Ele falou apontando pra dentro do carro e eu concordei botando-o sentado no banco ao lado da Lu.
- Diga, meu amor. – Ela sorriu colocando-o no colo.
- Você tá linda. – Ele fez uma cara sapeca que fez a Lu quase se desmanchar em lágrimas.
- Brigado, meu amor. Você também tá lindo e foi o pajém mais perfeito de todos! – Ela o abraçou beijando sua cabeça em seguida. – Amo você, meu príncipe!
- Também amo você, mãe. – Diego olhou da Lu pra mim. – E você, pai. – Sorrimos os três e ele escorregou pelo bando saltando do carro. – Não esquece de falar pra ela. – Ele falou um pouco mais baixo, mas não baixo o suficiente pra Lua não ouvir, já que ela me olhou com a sobrancelha arqueada. Sorri pra ele passando a mão por sua cabeça e ele correu para onde Sophia e Micael estavam parados nos observando.
Entrei no carro sorrindo para o chofer e ele fez um aceno com a cabeça ligando o carro.
- Não esquece de me falar. – A Lu sorriu sugestiva.
Peguei sua mão que estava com a aliança e beijei novamente seu dedo.
- Olha o que tem dentro dela. – Falei sorrindo. Ela me olhou em dúvida e depois tirou a aliança do dedo olhando a parte de dentro.
- Aw! – Lua deixou uma exclamação sair e levou sua mão livre até sua boca.
Dentro da aliança a frase "meant to be" podia ser lida.
Peguei a aliança da mão dela e coloquei novamente em seu dedo desejando que ela nunca saísse dali.
O local da festa era uma enorme casa de eventos que estava toda decorada com lírios brancos cuidadosamente escolhidos pela Lu. A casa estava com a decoração toda branca e era incrível como eu podia perceber a Lua em todas as partes da decoração. Quando entramos fomos recebidos por alguns garçons e pessoas que trabalhavam ali, além de alguns convidados que já haviam chegado.
Aos pouco a casa foi se enchendo de pessoas e a musica que vinha do salão onde seria a boate já podia ser ouvida. Eu e a Lu estávamos circulando entre as mesas cumprimentando os convidados e tirando intermináveis fotos. Se ela não estivesse comigo e eu não sentisse a felicidade percorrendo cada centímetro do meu corpo eu provavelmente estaria achando aquilo tudo um tédio. Diego vez ou outra nos acompanhava pelas mesas, mas acredito que ele ficava desconfortável com tantas pessoas apertando suas bochechas e dizendo o quão lindo ele era e acabava voltando para a mesa onde Micael, Sophia, Chay, Mel e Pedro estavam.
- Juro que não vou te matar se você disser que também não agüenta mais isso. – A Lu comentou baixo forçando um sorriso enquanto íamos em direção a outra mesa com alguns parentes meus.
- Tá brincando? Eu tô amando isso aqui! – Falei irônico fazendo a Lu gargalhar. – Só faltam algumas mesas, amor. E depois nós podemos nos divertir e aproveitar o nosso dia! – A segurei pela cintura e ela me deu um selinho demorado antes de se virar e sorrir para as pessoas que estavam na mesa mais próxima.
Mais de meia hora depois, finalmente paramos na ultima mesa que era a que os caras estavam junto com as meninas.
- Ai, não acredito que acabou! – A Lu comentou enquanto abraçava Soph que ria da cara dela. – Sério quando vocês forem casar façam uma cerimônia simples. – Ela riu agora abraçando Mel.
Micael foi o primeiro a me abraçar e me desejar tudo de bom, depois o Chay e então o Pedro que fez praticamente um discurso.
Tiramos algumas fotos, a maioria deve ter ficado engraçada já que fazíamos caretas e poses nada convencionais arrancando risadas das pessoas mais próximas. O garçom chegou com várias taças de champanhe e nós brindamos animados. Eu praticamente esvaziei o copo e quando olhei para a Lua vi que ela tinha feito o mesmo.
- Hoje o dia é nosso, a gente pode! – Ela sorriu dando de ombros e me abraçando pela cintura. Concordei a apertando contra meu corpo e beijei sua boca de verdade pela primeira vez naquele dia. Sua língua brincou com a minha me fazendo sorrir enquanto eu sentia todas as sensações boas que o beijo dela me causava. O beijo só foi interrompido quando nossas mães chegaram dizendo que tínhamos que tirar mais algumas fotos com elas e com o pai da Lu. Ela rolou os olhos discretamente me fazendo rir enquanto a puxava pela mão para a enorme mesa onde estava o bolo de quatro andares com dois bonequinhos em cima.
- Essa bonequinha é gorda. – Ela fez uma careta.
- Eu gostei, parece a gente mesmo. – Dei de ombros fazendo-a entortar a boca.
Tiramos mais algumas fotos com nossos pais e Diego e depois finalmente nossas mães nos liberaram e voltamos para a mesa que estávamos antes.
- Não esqueçam que daqui a pouco é hora da valsa. – minha mãe nos lembrou e eu fz careta recebendo um tapinha num braço dado pela Lu.
- Não pisa no meu pé! – Ela falou rindo.
- Pisar no seu pé? Eu sou um pé de valsa, meu bem. Vai ser a melhor valsa que você já dançou na sua vida!
- Além de ser a única. – Ela completou rindo da minha cara.
- Vamos sentar? – Perguntei apontando a mesa em que nossos amigos estavam e ela fez bico cruzando os braços.
- Nãão, fica aqui comigo. Quero ficar só com você. – Ela passou os braços por meu pescoço e eu sorri cruzando os meus em sua cintura. – Eu quero aproveitar minhas primeiras horas de casada com meu marido. – Ela riu passando o nariz pelo meu.
- É? E eu quero aproveitar todas as minhas horas de casado com a minha mulher. – Beijei rapidamente seus lábios. – Só minha. – Repeti mais baixo vendo-a sorrir e a trouxe mais pra perto encostando nossas bocas e deixando que ela controlasse a situação e me provocasse mordendo meu lábio inferior.
Vi algum flash ser disparado em nossa direção, mas nem liguei. Segurei o rosto da Lu com uma de minhas mãos e o acariciei enquanto ela sorria sem partir o beijo e eu fazia o mesmo.
Estávamos indo em direção à pista de dança para que a Lu jogasse o buquê e nós dançássemos a valsa, quando ela parou de repente e olhou para a entrada. Repeti seu gesto e vi Jenny entrando junto com o noivo, Philiphe. Ela apertou minha mão e me olhou sorrindo sem jeito.
- Você quem sabe. – Falei sincero dando de ombros. Ela balançou a cabeça concordando e me puxou pela mão até onde Jenny estava.
- Hey, Jenny. Fico feliz que você tenha vindo. – Falou um pouco sem graça e Jenny sorriu.
- Me desculpem não ter ido para a igreja, é que como eu falei, o Philiphe chegou hoje de viagem.
- Não tem problema. Ficamos felizes que você tenha vindo mesmo que só para a festa. – Apertei a mão da Lu a encorajando. – E eu queria te pedir desculpas por, hm... tudo na verdade.
- Ah, imagina, Lu. Não tem problema algum, nem tem o que se desculpar. – Jenny sorriu passando a mão pelo braço da Lua.
- E eu também queria te agradecer. – Ela continuou. – A aliança é simplesmente linda. – Lua mostrou a mão que tinha a aliança. – Você faz um ótimo trabalho.
A verdade é que a Jenny é vendedora de jóias por encomenda e eu já havia visto algumas jóias que ela tinha feito, e por isso resolvi a escolher para fazer a aliança do nosso casamento. Nunca houve nada entre mim e a Jenny, a gente se encontrou apenas umas duas vezes para que eu pudesse lhe dizer como queria o anel e ela soubesse o exato tamanho dos nossos dedos.
- Muito obrigada, eu fico feliz que vocês tenham gostado. – Sorriu sincera nos olhando.
- Hm... se quiser aproveitar, a Lu vai jogar o buquê agorinha. – Desviei o assunto e apontei para a pista de dança. Jenny olhou para o noivo e ele sorriu.
- Vai lá pegar o buquê.
Fomos novamente em direção a pista de dança onde algumas amigas da Lu, minhas primas e até amigas da minha mãe já estavam ansiosas para pegar o buquê. Imaginei todas aquelas mulheres se matando por causa de um simples ramo de flores e ri sozinho.
- Boa sorte! – Falei antes de dar um selinho na Lu e ir para onde os caras estavam olhando para as namoradas e rindo.
Micael deu dois tapinhas em meu ombro e me sacudiu.
- Maridãão! – Ele riu. – Cara, nem acredito que vocês casaram. Achei até que o Chay e a Mel iam primeiro. – Ele olhou para Chay que riu balançando a cabeça.
- Eu também. – Pedro comentou sem tirar os olhos da Vicky que ria enquanto a Lu fingia que ia jogar o buquê deixando as mulheres ainda mais histéricas.
- Um, dois... – A Lu começou a fazer a contagem. – Três! – Ela finalmente jogou o buquê que por coincidência, ou destino, caiu exatamente nas mãos de Sophia e Melanie.
Eu e Pedro começamos a rir alto enquanto o Chay e o Micael se entreolhavam sem acreditar. Soph e Mel deram pulinhos animados e abraçaram a Lu sorrindo.
- Pegamos! – As duas disseram juntas correndo até os namorados e os abraçando.
- Amiga, se importa se eu ficar com ele? – Sophia perguntou abraçando Micael pela cintura e segurando o buquê com a mão livre.
- Claro que não, boba. O que vale é que nós duas pegamos! – Mel sorriu e puxou Chay para um beijo.
Olhei para Lu que vez um gesto sexy com o dedo me chamando para a pista de dança e eu ri indo até ela e a abraçando pela cintura. As luzes ficaram mais fracas e um holofote de luz branca incidiu sobre a gente enquanto as pessoas se aproximavam e formavam um círculo em volta da gente para nos observar.
- Se prepare para a melhor valsa da sua vida. – Falei a olhando nos olhos ela concordou com um sorriso.
She may be the face I can't forget.
Ela pode ser o rosto que eu não consigo esquecer
A trace of pleasure or regret
O caminho para o prazer ou para o desgosto
May be my treasure or the price I have to pay.
Pode ser meu tesouro ou o preço que eu tenho que pagar
She may be the song that summer sings.
Ela pode ser a música de verão
May be the chill that autumn brings.
Pode ser o frio que o outono traz
May be a hundred different things
Pode ser cem coisas diferentes
Within the measure of a day.
Em um dia.
Nos movimentávamos lentamente pela pista sem conseguir tirar os olhos um do outro. Eu cantava a música baixinho enquanto via a mulher da minha vida ali na minha frente com os olhos cheios de lágrimas e o sorriso mais sincero que alguém pode ter.
She may be the beauty or the beast.
Ela pode ser a bela ou a fera
May be the famine or the feast.
Pode ser a fome ou a abundância
May turn each day into a heaven or a hell.
Pode transformar cada dia em um paraíso ou em um inferno
She may be the mirror of my dreams.
Ela pode ser o espelho de todos os meus sonhos
A smile reflected in a stream
Um sorriso refletido em um rio
She may not be what she may seem
Ela pode não ser o que ela parece
Inside her shell
Dentro da sua concha
She who always seems so happy in a crowd
Ela, que sempre parece tão feliz no meio da multidão.
Whose eyes can be so private and so proud
Cujos olhos parecem tão secretos e tão orgulhosos
No one's allowed to see them when they cry
Ninguém pode vê-los quando eles choram
She may be the love that cannot hope to last
Ela pode ser o amor, que não espera que dure
May come to me from shadows of the past
Pode vir a mim das sombras do passado
That I'll remember till the day I die
Que eu irei me lembrar até o dia de minha morte
Dei um beijo de leve em seu nariz vendo-a abrir um sorriso bobo e passei minha mão, que ainda estava entrelaçada na sua, por seu rosto enxugando as lágrimas que ela havia deixado escapar.
She may be the reason I survive
Ela pode ser a razão pela qual eu vivo
The why and wherefore I'm alive
O porquê e pelo que eu estou vivendo
The one I'll care for through the rough and ready years
A pessoa que cuidarei nos tempos e nas horas mais difíceis
Me I'll take her laughter and her tears
Eu irei levar as risadas e as lágrimas dela
And make them all my souvenirs
E farei delas todas as minhas lembranças
For where she goes I've got to be
Para onde ela for, eu tenho que estar lá
The meaning of my life is
O sentido da minha vida é ela
She... she.
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