sábado, 31 de março de 2012

" Sem Ar "


Pov Lua
Lua: To melhor sim
Arthur: Viu vc não pode se estressar
Lua: Eu sei, são esses hormonios
Arthur: Vamos dormir?
Lua: Não eu vou ao mercadoEu disse sentando no sofá
Arthur: Não Lua, eu vou e vc fica aqu
Lua: Ok
Arthur: To indo bjs
Lua: Bjs
Arthur: Se vc quiser alguma coisa me liga
Lua: Ta bomO Arthur me roubou um selinho, pegou a chave do carro e saiu
Lua: IdiotaaaEu deitei no sofá e fiquei vendo filme, Um tempo depois  o Arthur voltou cheio de sacolas
Arthur: Cheguei
Lua: To vendo
Arthur: Eu vou por a pipoca no microondas e já volto
Lua: Valeu Arthur
Arthur: Nada LuaO Arthur foi à cozinha, não demorou mt e ele voltou com um pote de pipoca e dois copos de suco de uva meu favorito
Arthur: Aqui olhos lindosO Arthur falou sentando do meu lado e me dando o pote de pipoca
Lua: Calma ai olhos lindos? Faz um tempão que vc não me chama assim
Arthur: Vdd, mais vc sempre foi e sempre será minhas olhos lindos, Lua eu te amo de montão, não tem como explicar o tamanhi do amor que eu sinto por vc
Lua: Arthur eu tbm te amo, meu amorO Arthur me agarrou nós nos beijamos, ficamos no maior Love por um tempo, depois nós comemos a pipoca, eu e o Thur deitamos no sofá e ficamos vendo filme
Arthur: Qual vai ser o nome dos nossos filhos?O Thur falou colocando a mão na minha barriga
Lua: Eu pensei em Hislena e Mauricio
Arthur: Ta loka Lua, Hislena que nome é esse? E Mauricio, eu conheço mts Mauricios não quero
Lua: Então vai lá sabichão escolhe ai
Arthur: Eu gosto de Leandro e Isabelle o que vc acha?




Continua...




Rola Comentarios?

" Sem Ar "


Pov LuaLua: To melhor simArthur: Viu vc não pode se estressarLua: Eu sei, são esses hormoniosArthur: Vamos dormir?Lua: Não eu vou ao mercadoEu disse sentando no sofáArthur: Não Lua, eu vou e vc fica aquiLua: OkArthur: To indo bjsLua: BjsArthur: Se vc quiser alguma coisa me ligaLua: Ta bomO Arthur me roubou um selinho, pegou a chave do carro e saiuLua: IdiotaaaEu deitei no sofá e fiquei vendo filme, Um tempo depois  o Arthur voltou cheio de sacolasArthur: ChegueiLua: To vendoArthur: Eu vou por a pipoca no microondas e já voltoLua: Valeu ArthurArthur: Nada LuaO Arthur foi à cozinha, não demorou mt e ele voltou com um pote de pipoca e dois copos de suco de uva meu favoritoArthur: Aqui olhos lindosO Arthur falou sentando do meu lado e me dando o pote de pipocaLua: Calma ai olhos lindos? Faz um tempão que vc não me chama assimArthur: Vdd, mais vc sempre foi e sempre será minhas olhos lindos, Lua eu te amo de montão, não tem como explicar o tamanhi do amor que eu sinto por vcLua: Arthur eu tbm te amo, meu amorO Arthur me agarrou nós nos beijamos, ficamos no maior Love por um tempo, depois nós comemos a pipoca, eu e o Thur deitamos no sofá e ficamos vendo filmeArthur: Qual vai ser o nome dos nossos filhos?O Thur falou colocando a mão na minha barrigaLua: Eu pensei em Hislena e MauricioArthur: Ta loka Lua, Hislena que nome é esse? E Mauricio, eu conheço mts Mauricios não queroLua: Então vai lá sabichão escolhe aiArthur: Eu gosto de Leandro e Isabelle o que vc acha?Continua...Rola Comentarios?

Addicted

17º Capitulo - Addicted

 ‘Yo Leke!’ Atendi o celular sorrindo quando vi o nome da Sophia no visor.
‘Que é isso, Lua? Tá virando mano agora?’ Ela riu escandalosamente e eu tive que controlar o riso já que estava no meio do horário de trabalho.

 ‘Fala logo o que você quer pentelha, se a Margot–vivo–na–TPM me pegar falando no celular eu certamente serei chutada desse estágio.’ Fiz uma careta lembrando da minha chefe insuportável e com cara de coruja seca.
 ‘Ok, só liguei pra saber se você e o Aguiar aceitam ir ao cinema hoje à noite, programa de casal! Eu e o Micael, você e o Arthur, Mel e Chay e bem... acho que o Pedro não vai querer segurar vela, né?’ Ela fez uma voz mais desanimada.
‘Ahn, pobre Pedro. Isso que dá querer ficar com a vida de pegador.’ Ri baixo e de repente lembrei de uma pessoa! ‘NÃO!’ Gritei sem querer e algumas pessoas a minha volta me olharam estranho, me afundei na cadeira e sorri pedindo desculpas. ‘Soph, liga pro Pedro, fala pra ele ir! Já sei exatamente quem pode ajudá-lo!’ Sorri comigo mesma achando minha idéia genial.
‘O quê? Me conta!!’ Soph falou animada, mas eu a cortei.
‘Nãnão! Liga pro Pedro e o obriga a ir, o resto deixa comigo! Te amo, cachorra!’ Desliguei o telefone imaginando os nomes feios que Soph deve ter me xingado.

Quando saí do elevador, no hall de entrada do apartamento já consegui ouvir as risadas de Diego dentro de casa. Sorri comigo mesma pensando na bagunça que ele e Arthur estavam aprontando e entrei em casa.
‘Mããe!’ Diego correu até mim e abraçou minhas pernas com um sorriso sapeca no rosto.
‘Hey, filhote!’ O carreguei beijando sua bochecha e ele apontou pro chão onde Arthur estava sentado nos olhando com um sorriso. ‘O que é que vocês dois estão aprontando aí?’ Me aproximei de onde Arthur estava e vi massinhas coloridas espalhadas por uma toalha, se eu encontrasse massinha grudada no carpete da sala eu realmente não me responsabilizaria pelos meus atos.
‘Massinha.’ Diego falou pegando um pouco da massa vermelha e eu ri sentando ao lado de Arthur.
 ‘Coloquei a toalha pra não fazer sujeira. Eu sei que você não me perdoaria se eu melecasse seu carpete.’ Ele zoou imitando minha voz e eu lhe dei um pedala.
‘Ainda bem que você sabe mesmo.’ Dei de ombros e sorri. ‘A Soph me ligou hoje mais cedo chamando pra gente ir ao cinema.’ Falei observando Diego brincar.
‘Hum.’ Ele falou simplesmente sem desviar o olhar da tv. Bufei e levantei do chão indo pro quarto. Se ele não queria ir, eu iria sozinha. Tudo bem que eu ia segurar vela, mas quem se importa?!!
Peguei a toalha e entrei no banheiro frustrada com a reação de Arthur. Tomei um banho quente escolhendo mentalmente uma roupa para ir e minutos depois saí do banheiro enrolada na toalha.

Quando estava pegando minha roupa no armário Arthur entrou no quarto.
‘Vai sozinha?’ Ele perguntou irônico e eu contei até dez antes de responder.
‘Vou.’ Falei seca e irritada por não achar a blusa que eu queria.
‘E se eu não deixar?’ Ele se aproximou fazendo uma voz um tanto quanto sexy. Desculpa Arthur, mas esse seu joguinho não cola comigo. Mentira, cola e muito, mas eu não ia facilitar as coisas pra ele.
‘Você não manda em mim!’ Sorri falsamente e voltei minha atenção para o armário procurando a maldita blusa.
‘Você acha...’ Ele começou falando e beijando meu ombro. ‘Que eu vou deixar...’ Ele foi subindo os beijos por meu pescoço. ‘Você ir sozinha num cinema... cheio de marmanjos?’ Ele completou a frase dando um beijou em minha orelha. Minha situação não era das melhores. Pernas bambas; ok, respiração falha; ok, coração acelerado; ok.
‘Já disse que você não manda em mim.’ Falei pausadamente tentando manter a calma. ‘E nem adianta vir com esse joguinho, você não vai me comprar!’ Falei rápido e dei de ombros.
‘Não quero te comprar.’ Ele falou no meu ouvido abraçando minha cintura, haja auto controle! ‘Eu não ia perder a chance de te agarrar no escurinho do cinema, Lua.’ Ele falou pausadamente e com a voz extremamente sexy. Me virei pra ele com a sobrancelha levantada e ele sorriu maroto.
‘Arthur, eu vou ao cinema pra ver o filme.’ Sorri com as mão na cintura e ele soltou uma risadinha abafada.
‘Quando a gente chegar lá eu te convenço que a minha idéia é melhor.’ Ele piscou, me de um selinho rápido e entrou no banheiro. Bufei frustrada e voltei a minha procura pela blusa dentro do armário.


‘Eu ainda não entendi porque a gente tem que pegar a Vicky!’ Arthur falou pela milésima vez enquanto estávamos no carro esperando Vicky sair de casa.
‘Arthur, pensa bem. Nós somos 3 casais, certo?’ Falei devagar e ele concordou. ‘Mas a sua banda é formada por 4 garotos, correto?’ Ele concordou novamente. ‘Acho que você não ia querer deixar seu caro amigo Pedro de vela, ia?’ Levantei a sobrancelha sugestiva e ele abriu a boca parecendo ter entendido.
‘Lu, você é uma gênia!’ Ele sorriu pra mim e eu fiz uma cara convencida.
‘Hey, Vicky!’ Sorri observando a prima de Arthur entrar no carro sorridente.
‘Boa noite, casal!’ Ela falou animada e logo depois engatamos uma conversa animada sobre o Pedro. Arthur apenas ouvia tudo calado e de vez em quando ria zoando o amigo.

Quando chegamos ao shopping caminhamos apressados até o cinema, já estávamos atrasados.
‘Casal atrasadinho!’ Soph falou irônica e eu rolei os olhos rindo. ‘Hey, Vicky!’ Ela falou me olhando sem entender.
‘Cadê o Pedro?’ Perguntei animada e Vicky sorriu.
‘Tá comprando pipoca!’ Micael apontou para um garoto de costas na fila da pipoca. Olhei pra Vicky e ela piscou pra mim indo em direção ao Pedro.
‘Acho que entendi tudo.’ Sophia sorriu pra mim e eu confirmei com a cabeça. ‘Bom, vamos entrar que daqui a pouco o filme começa. Chay e Ash já estão lá dentro.’ Ela puxou Micael pela mão e Arthur fez o mesmo comigo.
‘Cara, eu não acredito que vocês vão me fazer assistir Juno!’ Micael reclamou enquanto nos acomodávamos nas cadeiras.
‘Cala boca, Micael! Esse filme é ótimo, vocês vão amar!’ Sophia deu um tapinha em seu braço e riu.
‘Concordo com o Micael, esse filme é de mulherzinha!’ Arthur fez careta.
‘Cala boca você também, Arthur!’ Falei séria, mas logo depois eu e Soph caímos na risada. Os dois se entreolharam balançando a cabeça e nós duas entramos em um papo animado sobre o que tínhamos ouvido falar sobre o filme. ‘Eu sou um ótimo cupido!’ Sorri observando Vicky e Pedro entrarem no cinema de mãos dadas.
‘Lu, você é uma gênia!’ Soph repetiu a frase de Arthur e eu sorri.
‘Shh, o filme vai começar.’ Ash nos olhou feio se pronunciando pela primeira vez e a gente riu baixinho.


Arthur brincava com meus dedos e parecia estar muito mais interessado nisso do que no filme, o observei de canto de olho e sorri comigo mesma reparando na cara de tédio que ele fazia.
‘Veio porque quis, eu disse que vinha sozinha.’ Falei baixo perto dele, sem desviar minha atenção da tela do cinema.
‘Não tô reclamando, tô?’ Ele perguntou um pouco emburrado e eu dei de ombros.
‘Nem precisa.’ O olhei rápido e sorri sarcasticamente.
‘Já te disse que preferia aproveitar esse escurinho aqui pra outras coisas, mas você tá quase entrando na tela.’ Ele fez uma voz infantil e eu o olhei com vontade de aperta-lo.
‘Larga de ser chato, Arthur Aguiar.’ Apertei a bochecha dele que fez careta. ‘Você tá perdendo um ótimo filme.’ Dei língua e voltei minha atenção para a tela.

Não demorou muito e Arthur mais uma vez desviou minha atenção do filme, senti ele dar beijinhos em meu ombro descoberto e depois ir subindo por meu pescoço. Respirei tentando manter a calma e o empurrei levemente com o braço. Ele soltou uma risadinha abafada e eu rolei os olhos sem que ele visse. Achei que depois do empurrão ele realmente entenderia que eu estava ali pra ver o filme, mas esqueci que Arthur não se dá por vencido assim tão fácil.
Mais uma vez senti seus lábios quentes em meu pescoço e encolhi os ombros sentindo um arrepio passar por todo meu corpo. Por que ele não podia simplesmente prestar atenção no filme como todos estavam fazendo? Ok, menos a Vicky e o Pedro que estavam se pegando desde que o filme começou. Os lábios dele chegaram em meu ouvido e eu fechei os olhos tentando não deixar meu auto controle escapar.
‘Pára de fingir que esse filme é mais interessante do que eu.’ Ele sussurrou e eu já nem conseguia entender o que os personagens do filme falavam. Sua mão estava parada em minha coxa apenas esperando algum sinal meu pra entrar em ação, eu não cederia assim tão fácil.
Ele continuava dando pequenas mordidas em meu pescoço e eu simplesmente fingia que não sentia nada com tudo aquilo, não que ele realmente acreditasse que eu não sentia nada, infelizmente ele sabe o efeito que tem sobre mim.
‘Eu quero ver o filme.’ Finalmente consegui falar e minha voz saiu fraca. Ele apenas sussurrou um "uhum" e continuou beijando meu pescoço, deixando algumas marcas por ali. Pensei em empurrá-lo novamente, mas isso não adiantaria.

‘Você não vai mesmo ceder?’ Ele sussurrou depois de um tempo e eu engoli seco. Minha vontade de corresponder aos beijos dele já estava começando a ficar fora do meu controle. Respirei fundo e balancei calmamente a cabeça negando. ‘Sério?’ Ele parou de me beijar e me olhou com a sobrancelha arqueada. Eu o olhei séria e pensei durante alguns segundos.
‘Não.’ Falei rápido e o puxei pela nuca grudando nossos lábios. Me xinguei mentalmente por ser tão fraca, mas meus pensamentos se esvaíram quando senti a língua de Arthur encontrar com a minha e sua mão apertar minha cintura me puxando mais pra perto.
Por alguns segundos me desliguei de tudo a minha volta, quase esqueci que estávamos em um cinema, mas a mão de Arthur entrando por debaixo da minha blusa me puxou de volta a realidade e eu puxei seu cabelo separando nossas bocas.
‘Agora me deixa assistir o filme!’ Sorri com a cara assustada que ele fazia e me endireitei na cadeira voltando minha atenção para o filme.
‘Mas agora você já perdeu uma parte dele e não vai entender o resto.’ Ele falou pausadamente com a boca grudada em meu ouvido e eu confesso que minha vontade de socá-lo quase ultrapassou a vontade de beijá-lo.
‘Ainda assim eu quero tentar entender.’ Dei de ombros e ele fez bico.
‘Ah, vai Lu! Você não tem pena de mim não?’ Ele fez novamente a voz infantil e eu bufei já começando a perder a paciência.
‘Arthur, pára de ser infantil.’ O olhei séria e ele cruzou os braços olhando para frente. ‘E não adianta fazer birra e cruzar os braços.’
‘Não custa nada você dá um pouco mais de atenção pra mim. Esse filme é ridículo e chato!’ Ele falou emburrado.
‘Cala boca, idiota!’ Soltei a mão dele com raiva e voltei minha atenção para o filme pela milésima vez, ele não respondeu nada.

Os minutos se passaram sem que a gente trocasse nenhuma palavra ou nos aproximássemos novamente. Eu já nem conseguia prestar atenção no filme, tamanha era a raiva que estava sentindo. Ok, talvez nem fosse raiva, apenas culpa por ter sido um pouco grossa demais com Arthur.
O filme acabou e ele se levantou rápido e saiu do cinema me deixando lá com cara de pateta.
‘Aconteceu alguma coisa?’ Sophia perguntou preocupada e eu balancei a cabeça negando.
‘Besteira.’ Sorri fraco e ela concordou. Quando saímos do cinema Arthur estava sentado em um banco com o olhar perdido. O observei por alguns segundos e o peso em minha consciência se multiplicou.
‘Lu, eu vou voltar com o Pedro, ok?’ Vicky atraiu minha atenção e eu balancei a cabeça concordando.
‘Tem certeza que foi besteira?’ Soph parou ao meu lado também olhando para Arthur que agora conversava com Micael sentado ao seu lado.
‘Acho que peguei um pouco pesado com ele.’ Mordi meu lábio inferior e Sophia riu. ‘Não ri, boba, é sério!’ A olhei derrotada.
‘Ai coitado Lu, o menino só queria atenção?’ Ela me deu um tapinha no braço e eu a olhei boquiaberta.
‘Você ouviu?’ Perguntei confusa. ‘Achei que estivéssemos falando baixo.’ Dei de ombros.
‘E estavam, mas eu ouvi uma parte da conversa sem querer!’ Ela sorriu marota e eu fiquei um pouco sem graça. ‘Vai lá e pede desculpa besta!’ Ela apontou o local onde os meninos conversavam.
‘Ná, o Arthur não é fácil assim.’ Balancei minha cabeça.
‘Então pensa em alguma coisa, rápido porque eles estão vindo pra cá.’ Ela sorriu quando Micael chegou perto dela e pegou sua mão.
‘Vamos?’ Ele sorriu e nós três concordamos balançando a cabeça.
Pedro , Vicky, Chay e Ash já tinham ido embora. Micael e Soph foram na frente de mãos dadas enquanto eu e Arthur caminhávamos mais atrás. Tentei me aproximar dele e pegar em sua mão, mas acho que ele percebeu já que as colocou no bolso e continuou andando sem nem olhar pra mim. Suspirei pensando em algum jeito de me redimir, mas acabei deixando pra pensar nisso depois quando percebi que estava ficando pra trás.


Entramos no carro em completo silêncio, e assim seguimos durante todo o caminho até em casa. Tentei arranjar algum assunto que o interessasse, mas nenhum me veio em mente. O peso em minha consciência só fazia aumentar cada vez que eu olhava pra cara emburrada de Arthur.
Subimos o elevador em um silêncio assustador que não melhorou em nada quando entramos em casa. Arthur seguiu direto para o quarto e eu fui até o quarto de Diego. O observei dormir tranquilamente e beijei sua testa. Segui para o quarto e encontrei Arthur de boxer guardando alguma coisa no armário. Sorri comigo mesma tendo uma idéia, era a única forma de tentar consertar as coisas.
Me aproximei dele e o abracei pela cintura beijando suas costas.
‘Desculpa.’ Falei baixo distribuindo beijinhos por suas costas. Ele suspirou tirando meus braços de sua cintura e entrou no banheiro sem falar nada.
Bufei xingando-o mentalmente e fiquei algum tempo pensando em alguma outra forma mais eficiente de pedir desculpas. Peguei uma blusa qualquer de Arthur no armário e a vesti, deitei na cama e fiquei fitando o teto até Arthur sair do banheiro.
Ele deitou na cama e virou-se de costas pra mim, levantei e fui até o banheiro batendo o pé. Fiquei algum tempo encarando minha imagem no espelho e me torturando mentalmente por ser tão estúpida. Saí de lá minutos depois, apaguei a luz e deitei na cama ao lado de Arthur.
Fiquei fitando o teto por minutos e mais minutos, Arthur também não tinha dormido ainda, toda hora ele se mexia um pouco e eu ia ficando mais agoniada. Me virei pra ele e passei as unhas levemente por suas costas, percebi que ele se arrepiou e sorri comigo mesma. Comecei novamente a beijar suas costas e fui subindo os beijos, passei meu nariz por seu pescoço, ele encolheu os ombros, mas não se moveu.
‘Eu quero dormir.’ Ele resmungou com a voz fraca e eu ri baixinho.
‘Eu não.’ Falei baixo no ouvido dele. ‘Me desculpa?’ Pedi beijando seu ouvido e ele soltou um gemido baixo.
‘Não.’ Ele respondeu simplesmente e eu arranhei sua costas com um pouco mais de força.
‘Tem certeza?’ Fiz uma voz sexy e tive que me controlar pra não rir. Ser sexy definitivamente não é comigo.
‘É só as desculpas que você quer?’ Arthur perguntou virando-se de frente pra mim.
‘Não.’ Sorri marota e ele me puxou pela cintura grudando nossas corpos e nossas bocas.
Suas mãos passaram rapidamente por dentro da minha blusa e segundos depois ela já estava jogada no chão. As mãos de Arthur corriam livres por meu corpo e eu sentia arrepios por cada lugar que elas passavam.
‘Tô desculpada?’ Perguntei ofegante separando nossas bocas. Ele balançou a cabeça concordando e começou a beijar meu pescoço com força.

Não foi preciso mais do que alguns minutos para que nossas roupas já estivessem todas no chão e nós dois suando ofegantes.
‘Desculpa.’ Falei baixo depois que Arthur caiu ao meu lado com a respiração descompassada.
‘Eu já te desculpei, pequena.’ Ele sorriu carinhosamente e botou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.
‘Mas eu fui uma idiota.’ Fiz uma voz infantil e ele riu baixo.
‘Foi mesmo. Mas eu que comecei a te encher, agora esquece isso.’ Ele me abraçou e eu sorri boba. ‘Boa noite.’ Ele beijou minha testa e eu deitei a cabeça em seu ombro e fiquei acariciando seu peito nu até adormecer.

18º Capitulo - Addicted

Acordei no sábado com o barulho do meu celular vibrando em cima do criado mudo, estiquei meu braço preguiçosamente e olhei no visor que aparecia o nome de Sophia. Resmunguei baixo lembrando que ela iria pegar o Diego para levar ao parque junto com dois priminhos dela que viriam do interior.
‘Oi.’ Atendi o celular ainda de olhos fechados.
‘Te acordei né, amiga? Desculpa.’ Ele fez uma voz culpada e eu ri baixinho.
‘Tudo bem. Já tá vindo?’ Perguntei com a voz arrastada.
‘Já, em meia hora devo passar aí.’
‘Ok. Vou acordar o Diego e arruma-lo.’
‘Tá bom. Beijos!’ Ela desligou o telefone animada e eu botei o celular novamente no criado mudo.
Me espreguicei com cuidado para não acordar Arthur que dormia feito uma pedra ao meu lado, e me abraçava pela cintura. Dei um beijo na ponta do nariz dele sabendo que não o acordaria com aquilo e me levantei devagar. Fui até o quarto de Diego e só então percebi que chovia, aliás, o céu tava quase desabando.
‘Hey, príncipe.’ O chamei baixinho e ele abriu os olhos lentamente, sorrindo pra mim. ‘A tia Soph já já passa aqui pra te pegar.’ Falei carregando-o.
‘Tio Micael!’ Ele sorriu animado.
‘O tio Micael também vem!’ Falei tentando ser tão animada quanto ele, mas àquela hora era meio impossível. ‘Vamos tomar banho e se arrumar?’ Perguntei sorrindo e ele concordou.

Em um pouco menos de meia hora Diego já estava todo arrumado e eu estava deitada no sofá da sala com ele sentado ao meu lado.
‘Yay, deve ser a tia Soph!’ Falei me levantando quando a campanhia tocou. ‘Bom dia!’ Sorri para Sophia e Micael que estavam parados na minha porta com duas crianças no colo. Provavelmente eram os sobrinhos de Soph, Brian e Kevin.
‘Bom dia, amiga linda!’ Ela falou sorridente. ‘Nem vou entrar porque sei que você deve tá querendo voltar pra debaixo dos lençóis!’ Eu ri concordando. Com aquele frio e aquele barulhinho de chuva, tudo que eu queria era voltar pra cama.
‘Se comporta tá, meu amor?’ Me agachei na frente de Diego e ele sorriu. ‘Então, divirtam-se com as crianças. Aproveitem pra ir treinando.’ Pisquei para os dois na minha frente e Micael riu alto.
‘Nem vem, Lu. Tá longe ainda!’ Ele balançou a cabeça e Sophia concordou.
‘Por enquanto a gente se contenta em cuidar do filho dos outros!’ Ela riu. ‘Vamos?’ Falou olhando para as três crianças que sorriram concordando. Mandei beijos no ar e fechei a porta me espreguiçando. Pensei em ficar ali pelo sofá, mas o frio não permitia e eu voltei pro quarto.

‘Lu, vem deitar, tá cedo.’ Arthur falou com a voz arrastada e eu ri.
‘Já vou.’ Entrei no banheiro e prendi meu cabelo novamente já que estava todo bagunçado, aproveitei e escovei os dentes. Tenho mania de sempre que levantar escovar logo os dentes, aliás, acho essa mania ótima, melhor do que ficar por aí com bafo matinal. Sorri com meus pensamentos e sai do banheiro correndo me jogando na cama fazendo Arthur rir.
‘Bom diia!’ Sorri sincera dando um selinho nele. Arthur me puxou pela cintura me fazendo deitar ao seu lado de frente pra ele. ‘Tá frio.’ Falei me encolhendo e ele puxou o cobertor grosso para me cobrir mais. Fiquei acariciando sua nuca, com o rosto em seu pescoço enquanto sua respiração batia em ouvido me fazendo sorrir.
‘O Diego já foi?’ Ele perguntou depois de alguns minutos enquanto fazia carinho em minhas costas e eu sussurrei um uhum abafado. ‘A gente podia passar o dia todo na cama né?’ Ele falou rindo e me abraçando mais apertado.
‘Larga de ser preguiçoso, Arthur.’ Eu dei um tapinha em seu peito.
‘E quem disse que a gente vai ficar dormindo? Tem coisas bem melhores pra se fazer em uma cama.’ Ele mordeu de leve minha orelha e eu ri baixo.
‘Larga de ser tarado, então.’ Falei levantando minha cabeça pra olha-lo. ‘A gente pode assistir filme!’ Sorri idiotamente e ele fez careta.
‘Ainda prefiro ficar na cama.’ Ele deu de ombros.
‘Ah Arthur, larga de ser chato, vaaai.’ Fiz manha e ele riu.
‘Em um minuto você já disse que eu sou preguiçoso, tarado e chato. Porque você ainda tá comigo mesmo?’ Ele fez bico e eu sorri.
‘Porque você é o pai do meu filho, oras.’ Falei indiferente e ele ficou me olhando.
‘Então tá, amanhã eu faço as malas e vou embora.’ Ele deu novamente de ombros e eu ri.
‘Até parece que você vive sem o Diego.’
‘Não, por isso mesmo que eu vou levar ele comigo.’
‘Até parece que você vive sem mim também.’ Fiz uma cara convencida e ele arqueou a sobrancelha.
‘Arranjo uma pra substituir você rapidinho.’ Ele falou sério e eu dei um tapa, um tanto quanto forte em seu braço. ‘Outch!’ Ele fez cara de dor, mas riu.
‘Idiota!’ Falei rindo e me afastando dele, mas com um só braço ele me puxou pra perto de novo.
‘Então diz que eu não sou preguiçoso, nem tarado e nem chato.’ Eu rolei os olhos ele riu me segurando pela cintura com os dois braços.
‘Você não é preguiçoso, nem tarado e nem chato.’ Falei com uma voz de tédio. ‘Satisfeito?’
‘Se eu não sou nada disso, eu sou o quê então?’ Ele sorriu.
‘Hm, o pai do meu filho!’ Falei como se tivesse feito uma super descoberta.
‘Só isso?’ Ele falou de um jeito sexy aproximando o rosto do meu. Eu mordi o lábio inferior e concordei balançando a cabeça e soltando um 
uhum. ‘Tem certeza?’ Ele se aproximou mais e eu de novo fiz um uhum. ‘Você só sabe falar isso?’ Novamente fiz o uhum e ele rolou os olhos com o rosto próximo ao meu. ‘Então ocupa a boca com outra coisa, porque esse uhum irrita, Lu!’ Eu ia rir desse comentário dele, mas antes que o fizesse Arthur já tinha grudado a boca na minha.
Ele ficou por cima de mim se encaixando entre minhas pernas enquanto eu bagunçava seu cabelo e brincava com o elástico da boxer de ursinhos dele.
Minha blusa já estava quase toda levantada quando o barulho de um trovão fez com que Arthur desse um pulo pro lado, mas como estávamos na beirada da cama ele acabou caindo no chão. Eu não sabia se ficava com pena da cara de dor dele ou se ria.
‘Ai, tadinho, tadinho.’ Falei rindo e me ajoelhando no chão ao lado dele. ‘Bateu a cabeça?’ Perguntei um pouco preocupada tentando parar de rir.
‘Bati, tá sangrando?’ Ele fez uma cara desesperada e eu desisti de controlar o riso.
‘Claro que não, babaca!’ Dei língua e estendi a mão pra ele se levantar. ‘Vai, levanta logo daí!’
‘Sua preocupação comigo me comove, Lua.’ Ele fez uma cara brava e eu apertei suas bochechas.
‘Own, desculpa. Mas foi engraçado, vai.’ Ri passando meus braços por seu pescoço.
‘Claro, não foi você.’ Ele esfregou a nuca fazendo careta.
‘Tá, não riu mais.’ Dei um selinho nele e sorri. ‘Tô com fome.’
‘Eu também.’ Ele passou a mão na barriga.
‘Então vamos comer!’ Falei com uma cara obvia e ele riu. ‘Me carrega até a cozinha?’ Pedi com uma cara de criança e antes que ele respondesse pulei cruzando minhas pernas em sua cintura.
‘Pouco folgada você né?’ Ele arqueou a sobrancelha e eu beijei sua bochecha.
‘Vamos logo que eu tô com fome!’ Me agarrei mais em seu pescoço e ele resmungou baixo indo até a cozinha.


Algumas horas depois estávamos no sofá vendo a reprise do programa do Paul O’Grady e rindo das coisas que ele falava.
‘Cara eu amo o Paul, se ele fosse mais novo eu...’
‘Não continua essa frase!’ Arthur falou me olhando estranho e eu ri alto. ‘Até o Paul.’ Ele balançou a cabeça e eu dei um soquinho em seu braço. ‘Vamos ver filme de terror?’ Ele falou de repente.
‘Ah não, Arthur. Eu tenho medo.’ Fiz bico e ele riu. ‘É sério, odeio filme de terror, depois fico sem dormir por dias!’ Falei lembrando da ultima vez que vi um filme de terror.
‘Ná, mas agora você dorme comigo, não vai ter medo de nada.’ Ele sorriu convencido e eu arqueei a sobrancelha. ‘Eu tenho o dvd do Exorcista.’ Arthur sorriu animado e eu me desesperei.
‘NÃO! Não vou ver esse filme Arthur, nem sob tortura!!’ Me encolhi no sofá enquanto Arthur ria da minha cara de desespero.
‘Lu, você não vai ter pesadelo, prometo.’ Ele sentou no chão ficando de frente pra mim. ‘E quando vier as piores partes do filme você fecha os olhos.’ Ele sorriu como uma criança e eu pensei por alguns segundos.
‘Promete que não reclamar se eu começar a agarrar você no meio do filme?’ Fiz uma cara inocente e ele balançou a cabeça.
‘Me agarrar no meio do filme? Porque você não falou antes? Vou lá no quarto pegar o dvd!’ Ele se levantou correndo e me deixou rindo que nem uma idiota na sala.
Segundos depois ele voltou com o dvd. Botamos as almofadas pelo chão e deitamos no carpete, Arthur passou o braço por debaixo de mim e eu já me virei preparada pra passar as próximas horas com a cabeça enfiada no pescoço dele e morrendo de medo.
‘Lu, o filme nem começou!’ Arthur riu quando eu botei a mão no rosto antes mesmo do filme começar.
‘Não importa, já to com medo!’ Falei deitando minha cabeça em seu peito ainda com a mão no rosto. ‘Se eu tiver pesadelos vou te acordar no meio da madrugada, Arthur.’ Fiz uma voz emburrada e ele concordou balançando a cabeça.
‘Vai começar, Lu. Tira a mão dos olhos.’ Ele puxou minhas mãos me fazendo olhar pra tv e eu fiquei assistindo apenas com um olho aberto.


‘AAAAAAAAAAAH!’ Gritei desesperada enfiando a cabeça no pescoço de Arthur e apertando seu braço. Já devia ser a vigésima vez que eu repetia aquilo, e o filme mal tinha chegado à metade. Arthur apenas ria e falava coisas como: “é mentira, Lu!”, achando que aquilo iria amenizar o medo que eu estava sentindo. ‘Não quero mais ver esse filme.’ Falei com a voz chorosa.
‘Lu, pensa que tudo isso é mentira!’ Ele apontou pra tv e eu abaixei seu dedo.
‘Mas eu tenho pesadelo assim mesmo.’ Minha voz saia abafada por estar com o rosto enterrado no pescoço dele.
‘Você não vai ter pesadelo comigo ao seu lado!’ Ele se gabou e eu ri o olhando.
‘Ah é? E você vai fazer o que, bater nas assombrações?’ Fiz uma cara débil e ele deu língua.
‘Claro que vou, olha só como eu sou forte!’ Ele fez um muque se achando muito e eu gargalhei.
 ‘Arthur, olha só, você é gordo!’ Falei com ironia na voz

‘Ei, olha o respeito! Isso é excesso de gostosura.’ Ele passou a mão pela barriga e eu ri descontroladamente.
‘Ah, desculpa aí fortão, não sabia que 
banha tinha mudado de nome!’ Comecei a rir mais ainda e Arthur fez uma cara emburrada. No meio do meu ataque de risos senti uma almofada batendo em meu braço. ‘Ai seu idiota!’ Joguei outra almofada nele sem parar de rir e começamos uma guerra de almofadas.
‘Desista, você não vai ganhar de mim!’ Arthur falou rindo enquanto tacava almofadas em mim e eu nele.
‘Vou sim, seu gordo! Sou mais forte que você!’ Tentei fazer um muque e segundos depois senti Arthur cair por cima de mim e prender meus pulsos no chão, em cima da minha cabeça.
‘Há, quem é mais forte agora?’ Ele deu língua enquanto eu tentava soltar meus braços. ‘Você só sai daqui quando eu quiser!’
‘Arthur, me solta!’ Fiz manha e ele balançou a cabeça negando. ‘Olha, o filme tá passando, você tá perdendo.’ Mostrei o filme na tela e ele sorriu.
‘Aqui tá mais interessante que o filme.’ Ele olhava dos meus olhos pra minha boca.
‘Tá é?’ Levantei a cabeça e mordi de leve seu lábio inferior.
‘Muuuito mais interessante.’ Ele concordou.
Mordi de novo seu lábio, só que dessa vez mais forte e ele gemeu baixinho. Eu sorri e passei minha língua por seus lábios fazendo com que ele os abrisse, depois joguei a cabeça pra trás de novo. Ele fez uma cara indignada e me beijou com pressa ainda segurando meus pulsos, tentei solta-los, mas Arthur parecia determinado a me deixar presa ali.
Ele quebrou o beijo mordendo meu lábio e foi descendo o beijo por meu pescoço, eu sentia arrepios cada vez que sua língua tocava minha pele. Senti suas mãos afrouxarem em meu pulso e lentamente elas desceram até minha cintura e coxa. Ele mordeu meu pescoço com força me fazendo soltar um gemido e eu o puxei pelo cabelo voltando a beijar sua boca.
Quando ele ia levantar minha blusa eu parti o beijo e me virei rápido ficando por cima dele com uma perna de cada lado da sua cintura.
‘Quem é o mais forte agora?’ Perguntei um pouco ofegante e ele riu com as mãos em minha cintura.
‘Ok, chega dessa de mais forte.’ Ele sentou fazendo com que minhas pernas ficassem entrelaçadas em sua cintura e eu ri baixinho enquanto ele voltava a beijar meu pescoço.
‘Arthur, desliga essa tv.’ Falei baixo.
‘Não, deixa aí. Assim fica mais excitante.’ Ele me olhou com uma cara safada e eu ri o puxando para que nossas bocas se encontrassem novamente.
Arthur foi me deitando no carpete e quando ele se deitou por cima de mim, novamente um barulho assustador nos atrapalhou.
‘Que porra é essa?’ Ele perguntou um pouco assustado e eu o olhei fazendo careta.
‘Outch, Arthur, deitamos em cima do controle!’ Falei tirando o controle da tv debaixo de mim.
Novamente outro barulho assustador e quando olhei pra tv soltei um grito.
‘Desliga, desliga, desliga!’ Falei escondendo meu rosto com as mãos e Arthur bufou irritado desligando a tv e deitando com a barriga pra baixo no carpete. ‘Desculpa.’ Fiz bico e ele sorriu em meio a uma careta de dor.
‘Segunda vez. Hoje não é nosso dia.’ Ele falou derrotado e eu ri baixo.
‘Vai, vamos procurar alguma coisa menos perigosa pra fazer, assim você não sofre tanto.’ Me levantei rindo.
‘Ah, que bom que você entende meu sofrimento.’ Ele falou ainda deitado.
‘Ah, eu posso fazer massagem em você, sabe aquela que a mulher sobe nas costas do cara?’ Falei animada e Arthur me olhou.
‘Tem certeza que isso é menos perigoso? Você pode ser um pouco pesada e... outch!’ O interrompi dando um chute em sua barriga.
‘Então fica aí deitado e eu vou fazer alguma coisa útil.’ Ia sair andando, mas Arthur segurou meu pé.
‘Larga de ser birrenta garota, agora eu quero massagem!’ Ele sorriu da forma mais fofa só porque sabia que eu ia ceder. ‘Por favooor, Lu!’ Ele fez voz de criança e eu bufei derrotada.
‘Só não reclama se a baleia aqui te esmagar.’ Falei séria e ele deu risada.
Tudo bem que eu não sabia bem como era que fazia aquelas massagens, mas não devia ser tão difícil, na tv parece ser fácil. Subi nas costas de Arthur com cuidado e morrendo de medo e aos poucos fui conseguindo me equilibrar e fazer a massagem, às vezes eu tinha uma crise de riso, mas não esmagar o Arthur já foi um grande passo.
‘Tá chega, não agüento mais.’ Desci das costas de Arthur e sentei ao seu lado. ‘Acho que vou tomar banho, daqui a pouco o Diego volta.’ Falei cansada.
‘Eu preciso de um banho gelado.’ Arthur se levantou rápido e correu pro quarto.
‘Ah não, Arthur! Falei primeiro!!’ Fui batendo os pés até o quarto, parecendo uma criança e Arthur já tinha entrado no banheiro. ‘Aguiar, eu tomo banho primeiro.’ Bati na porta e ele riu.
‘A gente toma banho junto, problema resolvido.’ Ele abriu a porta e sorriu.
‘Não!’ Cruzei os braços fazendo bico e ele deu de ombros.
‘Então tá!’ Ele ia fechando a porta novamente, mas eu segurei.
‘NÃO!’ Gritei rindo.
‘Vai tomar banho junto comigo?’ Ele me olhou e eu entrei no banheiro.
‘Não, vou pegar minhas coisas e tomar banho no banheiro de hospedes!’ Dei língua e Arthur fez cara feia. Antes de sair do banheiro dei um selinho nele e depois corri pro quarto em frente ao meu.


Meia hora depois estávamos no sofá assistindo Tartarugas Ninjas pela milésima vez, Arthur ama, e ainda me obriga a assistir junto com ele.
‘Você tá com cheirinho bom.’ Falei sorrindo e cheirando o pescoço dele.
‘E antes eu tava fedendo?’ Ele arqueou a sobrancelha.
‘Só um pouco.’ Fiz uma cara sapeca e ele riu. ‘Eu que te dei essa bermuda.’ Falei sorrindo e apontando a bermuda larga preta e branca que ele usava.
‘Sério?’
‘Uhum, foi quando você fez 19 anos.’ Sorri me lembrando do aniversário dele.
‘Sabe que eu nunca gostei muito dela?!!’ Ele comentou fazendo careta e eu belisquei sua barriga de leve.
‘Você amava essa bermuda, tá? Só vivia com ela.’ Fiz uma cara convencida e ele riu.

‘Eu já disse que você é linda?’ Ele ficou sério de repente e eu senti meu rosto queimar. Olhei pra minhas mãos mordendo o lábio, mas ele tocou meu queixo levantando meu rosto. ‘Sério Lu, você é uma das garotas mais lindas que eu já vi.’ Ele sorriu sincero e provavelmente eu já devia estar mais vermelha que tomate.
‘Então você precisa sair pra conhecer mais garotas, Arthur.’ Falei completamente sem graça e ele balançou a cabeça negando.
‘Não preciso não, eu tenho a mamãe mais bonita aqui, morando sob o mesmo teto que eu.’ Ele me deu um selinho demorado e depois beijou minha bochecha.
‘Lembra que outro dia você me perguntou por que eu tinha me apaixonado por você?’ Falei lembrando de uma conversa boba que tivemos quando estávamos com sono e não queríamos dormir. A conversa acabou com a gente discutindo os motivos que levariam uma pessoa a se apaixonar por Arthur, mas estávamos com muito sono pra falar alguma coisa que não fosse besteira. Ele balançou a cabeça concordando e eu sorri. ‘É exatamente por causa disso. Por você conseguir me surpreender sempre e em todos os sentidos.’ Falei olhando-o nos olhos e ele sorriu.
Passei a mão por seu rosto fazendo carinho e ele se aproximou passando o nariz no meu como em um beijo de esquimó. Nossas bocas se encontraram lentamente em um beijo calmo e hm... apaixonado?

O climinha clichê só não durou muito porque logo depois a campainha tocou. Dei um selinho em Arthur e me levantei pra atender a porta.
‘Ele dormiu!’ Sophia falou baixo com Diego dormindo tranquilamente em seu colo.
‘Iai, como foi lá?’ Perguntei no mesmo tom que ela.
‘Foi ótimo, só não te conto tudo porque Micael ficou no carro. Kevin tá dormindo mais que o Diego!’ Ela sorriu e eu concordei. Arthur apareceu atrás de mim, deu um beijo na testa de Sophia e pegou Diego do meu colo. ‘Deixa eu ir. Beijo amiga, amanhã te ligo!’ Ela beijou minha bochecha e depois saiu apressada. Fechei a porta e fui até o quarto de Diego.

‘Lu, pega uma roupa pra ele dormir.’ Arthur falou baixo tirando a roupinha que eu tinha botado mais cedo em Diego. Peguei uma roupa de dormir pra ele e o vesti com a ajuda de Arthur. ‘Pronto.’ Ele sorriu ajeitando a roupa do filho.
‘Agora quem precisa dormir sou eu, to cansada.’ Falei desanimada.
‘É, eu também.’ Arthur concordou e deu um beijo na cabeça de Diego. Eu sorri e fiz o mesmo.

‘Boa noite.’ Ele falou quando já estávamos deitados na cama. Ele me abraçou por trás e eu sorri.
‘Boa noite.’ Respondi baixo enquanto sentia sua respiração em meu pescoço.



segunda-feira, 26 de março de 2012

" Sem Ar "

Capitulo 2

Arthur: Anda logo Lua, deixa de ser marrenta e entra nesse carro
Lua: Eu só vou entrar se eu for dirigindo, caso contrario eu não entro
Arthur: Vc vai entrar por bem ou por mau
Lua: Não vou não
Arthur: Ah vai sim
O Arthur me pegou no colo e eu comecei a bater nele
Lua: Arthur me solta
Arthur: Ei para de me bater, seu tapa doí
Lua: se vc não me soltar eu vou te bater mais ainda, ahh eu te odeioooo Aguiar
Arthur: Eu tbm te odeio Blanco
O Arthur me levou pro carro,me colocou no banco do carona, sentou e deu partida no carro, eu fiquei passando a mão na minha barriga, nós fomos o caminho todo sem falar nada, cheguei em casa tomei banho, coloquei uma camisola
 
Deitei na cama e fiquei acariciando e conversando com os meus bebês
Lua: Meus bbs a mamãe ama mt vcs, msm não os conhecendo, eu amo vcs mais que a minha própria vida
Eu tava conversando com os meus bbs quando o Arthur entrou no quarto
Arthur: Falando sozinha?
Lua: Não, eu to falando com os meus bbs
Arthur: Mais eles não estão te ouvindo
Lua: Claro que estão, a Joana diz que é sempre bom dizer a eles o quanto eles são bem vindos, e o quanto eu amo eles
Arthur: Não sabia disso, vou tomar banho
Lua: Ok
O Arthur foi tomar banho e eu dormi
POV Arthur
Eu entrei no banheiro tomei banho depois sai, olhei e a Lua tava dormindo, ela era tão linda, parecia um anjinho dormindo, mais acordada, ela era mt marrenta, independente etc, sentei ao lado dela, dei um selinho nela, se ela tivesse acordada ia querer me matar, mais ela ta dormindo msm, acariciei a barriga dela, deitei abracei ela e dormi
POV Lua
Acordei olhei no relógio era, 2:30hrs  da manhã, olhei pro lado o Arthur tava dormindo me abraçando, eu levantei com cuidado, fui no banheiro tomei banho, coloquei um short, uma blusinha e um all star, fui no criado mudo pegar a chave do carro e sem querer derrubei o despertador no chão, e o Arthur acordou
Arthur: O que ta acontecendo?
Lua: Nada Arthur, volta a dormir
Arthur: Aonde vc vai?
Lua: Vai me controlar é?
Arthur: Lua sem gracinha, aonde vc vai?
Lua: Comprar pipoca
Arthur: Lua aonde vc vai comprar pipoca ás...
O Arthur olhou no relógio
Arthur: 3:00 da manhã?
Lua: Eu vou naquele mercado 24hs
Arthur: Não dá pra esperar até amanhã?
Lua: Claro que não dá, eu to com mt desejo
Arthur: Deixa que eu vou comprar
Lua: Claro que não, vc não tem obrigação comigo nem com os meus filhos
Eu sai bati a porta, e fui na cozinha beber água, e alguém me agarrou e me encostou na parede
Arthur: Lua me dá essa chave agora
Lua: Arthur me larga
Arthur: Lua deixa essa marrinha de lado, e me dá a chave
Lua: Arthur me solta agora, ou eu começo a gritar e acordo todos os empregados
O Arthur me puxou e me deu um beijão, eu tentei me soltar mais não conseguir, fiquei batendo nele, até que ele me soltou
Lua: vc é maluco de me beijar?
Arthur: Eu sou casado com vc, eu tenho esse direito
Lua: Vc não tem direito de nada
Eu comecei a ver tudo girando e me apoiei no Arthur
Arthur: O que foi Lua? Vc ta pálida
Lua: Uma tontura, já passa
O Arthur me pegou no colo, me colocou no sofá, eu deitei no colo dele, e ele ficou acariciando meu rosto
Arthur: Ta melhor Lua?


Continua... 

Addicted

16º Capitulo - Addicted

Ouvi um barulho de alguma coisa distante caindo, e abri meus olhos calmamente. Quando finalmente consegui focaliza-los sorri pra Arthur que estava com o rosto a poucos centímetros de distância do meu e também parecia ter acabado de acordar.
‘Diego acordou.’ Falei baixo e minha voz saiu abafada por causa do cobertor.
‘Quem vai lá, eu ou você?’ Ele sorriu e eu o olhei fazendo bico. ‘Ok, eu vou.’ Ele beijou minha bochecha e se levantou calmamente saindo do quarto entre bocejos. Sorri comigo mesma e fechei os olhos sem intenção de dormir novamente, mas antes que eu pudesse evitar já tinha o feito.

Senti uma claridade bater em meus olhos e quando finalmente consegui acordar me dei conta de que tinha dormido novamente por mais de uma hora. Esfreguei os olhos, me levantei e fui até o banheiro limpar meu rosto e escovar meus dentes. Vesti uma blusa qualquer de Arthur e saí do quarto ouvindo risos vindos da sala. Caminhei até lá encontrando duas crianças, ou melhor, Arthur e Diego brincando no chão e vendo desenho animado.
‘Bom dia, bela adormecida.’ Arthur sorriu de uma forma tão fofa que eu tive vontade de pular em cima dele e esmagá-lo.
‘Dia, adômecida.’ Diego tentou imitar o pai e os dois riram. Eu devo ter feito e cara mais boba possível. Na verdade eu queria esmagar aquelas duas criaturas sentadas no chão da minha sala. O que seria de mim sem esses dois?
‘Bom dia.’ Falei sorrindo e sentei ao lado de Arthur. Diego veio até mim, me abraçou e beijou minha bochecha, depois voltou a atenção pros brinquedos espalhados pelo chão, o carrinho que eu e Arthur demos pra ele de aniversário estava ali e era o único que ele dava realmente atenção.
Sorri pra Arthur ao meu lado e ele me deu um selinho.
‘Dormiu bem?’ Ele perguntou botando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, e eu sorri confirmando. A mão dele passou por trás de mim e me abraçou pela cintura. Encostei minha cabeça em seu ombro e fiquei observando Diego brincar.

‘Odeio domingos tediosos.’ Comentei depois que a sessão de desenhos animados acabou.
‘A gente pode ir ao parque!’ Arthur sorriu bobo e eu olhei pra Diego que não prestava atenção na conversa.
‘Príncipe!’ O chamei e ele voltou sua atenção pra mim. Ele estava acostumado a me ouvir chama-lo de príncipe. ‘Vamos ao parque?’ Perguntei quando ele sentou no colo de Arthur me olhando.
‘Páqui!’ Os olhinhos dele brilharam e ele abriu um sorriso imenso.
‘Acho que isso foi um sim!’ Arthur me olhou rindo.
‘Com certeza isso foi um sim!’ Me levantei e peguei Diego no colo. ‘Vamos tomar banho, meu amor!’
‘Eu também vou.’ Arthur se levantou. ‘Quer dizer... no meu banheiro claro!’ Ele passou a mão pelo cabelo e eu gargalhei.


Meia hora depois eu e Diego já estávamos prontos, sentei ele no sofá da sala e o deixei brincando enquanto ia apressar Arthur. Abri a porta do quarto sem nem ao menos bater e me assustei quando vi Arthur apenas com uma toalha enrolada na cintura.
‘Ai, desculpa!’ Falei sentindo meu rosto arder, eu devia estar roxa, amarela, verde, todas as cores possíveis! ‘Eu devia ter batido, achei que você já estivesse pronto e...’ Eu estava caminhando de cabeça baixa até a porta, e senti a mão de Arthur em minha cintura.
‘Lu, não tem nada aqui que você não já tenha visto.’ Ele falou rindo, e eu balancei a cabeça ainda olhando pro chão. ‘Por sinal, acho que não tem mais porque eu dormir aqui nesse quarto sozinho né?’ Ele tocou meu queixo me fazendo encarar seus olhos e perceber seu sorriso um tanto quanto tarado. ‘Se você não falar nada, eu vou interpretar que você concorda.’ Ele falou baixo passando o nariz pela minha bochecha. Porque será que ele acha tão divertido ficar me provocando mesmo? Nessa hora ele já tinha me puxado pela cintura e nossos corpos estavam colados. Botei uma mão em sua nuca e com a outra arranhei de leve sua barriga, ele soltou um gemido abafado e grudou nossas bocas com pressa. Senti minhas costas encostarem na parede e só então de dei conta que Arthur me empurrou até lá. Suas mãos passeavam por debaixo da minha blusa e eu bagunçava seu cabelo e arranhava suas costas nuas. Ele desceu os beijos pro meu pescoço e eu tentei fazer minha respiração voltar ao normal.
‘Arthur...’ Falei baixo de olhos fechados, ok... aquilo não estava dando muito certo. Lembrei de Diego na sala e suspirei tomando forças. ‘Arthur, por favor, Diego tá na sala esperando a gente!’ O empurrei pelo peito e ele encostou a testa na minha, sua respiração ofegante batia na minha boca.
‘Tá, tá bem! Eu vou... me recuperar e me arrumar o mais rápido possível.’ Ele falou pausadamente e eu concordei. Dei um selinho rápido nele e saí do quarto ajeitando minha blusa que estava completamente levantada.


O domingo estava com sol, mas um vento frio soprava fazendo com que todos saíssem agasalhados de casa. Observei o parque movimentado e sorri lembrando da época em que nós três íamos todo domingo ali. Acho que é o lugar preferido de Diego. Caminhei de mãos dadas com Arthur enquanto ele carregava Diego que sorria apontando os brinquedos.
‘Lu!’ Ouvi alguém me chamar. Me virei encontrando com mulher loira com aparentemente 30 anos que segurava uma menina sorridente no colo.
‘Kate!’ Sorri e soltei a mão de Arthur indo cumprimentá-la. ‘Quanto tempo!’ Falei a abraçando e dando um beijo na criança em seu colo. ‘Tudo bem Lisa?’ Sorri e a menina balançou a cabeça concordando.
‘Você sumiu daqui!’ Kate voltou a falar e olhou pra Arthur que estava mais atrás e nos observava. ‘Tudo bem, Arthur?’ Ela acenou simpática e Arthur retribuiu me lançando um olhar de desespero. ‘Vejo que o acidente não deixou seqüelas, fico feliz por isso!’ Ela falou mais baixo e sorriu.
‘É, foi muita sorte.’ Sorri sem graça. Não queria ficar comentando sobre a perda de memória do Arthur. Muitas mães e pais por ali nos conheciam, depois eu falaria sobre eles pra que Arthur não passasse nenhum constrangimento.
‘Mãe, eu quero sorvete.’ Lisa falou fazendo bico e Kate me olhou dando de ombros.
‘Vai lá Kate, bom te ver de novo!’ A abracei.
‘Depois vamos botar a fofoca em dia!’ Ela sorriu e se afastou. Voltei pra perto de Arthur que ria com alguma coisa que o filho tentava falar.
‘Quem era?’ Ele me olhou apertando os olhos por causa do sol.
‘Kate, ela é a mãe da Lisa! Sempre está por aqui aos domingos, e a gente sempre ficava conversando.’ Sorri.
‘Eu também?’ Ele perguntou levantando a sobrancelha.
‘Você também. Aliás, a gente conhecia várias pessoas por aqui. Você sempre conversava com o John, ele tem a sua idade, pai por inconseqüência também.’ Falei rindo e Arthur me olhou um pouco indignado.
‘Ele tá por aqui?’ Arthur olhou em volta e eu neguei com a cabeça. Diego se mexeu agoniado no colo de Arthur e ele o colocou no chão. Diego correu para um cercado ali perto e se juntou as outras crianças que já brincavam por ali.
‘Ele né lindo?’ Sorri boba observando meu filho no meio das outras crianças.
‘Nosso filho é o mais lindo dali!’ Arthur me abraçou por trás e deu um beijo no topo da minha cabeça. ‘Vamos sentar, tem um banco vago ali!’ Ele apontou para um lugar com alguns bancos e eu concordei.

‘Amanhã tem ensaio?’ Perguntei enquanto ele passava o braço por trás de mim e me abraçava pela cintura, encolhi minhas pernas e encostei minha cabeça em seu peito.
‘Tem, só de tarde.’ Ele suspirou e eu balancei a cabeça concordando. ‘Eu posso levar o Diego comigo!’ Ele sorriu animado e eu o olhei.
‘Ai céus, vocês quatro e meu pobre filho, não quero nem imaginar.’ Rolei os olhos e Arthur deu língua. ‘Toma cuidado, Arthur, não se distrai, não deixa ele fazer as coisas sozinho e...’
‘Lu!’ Ele me interrompeu. ‘Eu sou tão péssimo pai assim?’ Ele levantou a sobrancelha e eu ri.
‘Claro que não, bobo!’ Dei um selinho nele. ‘Eu que sou preocupada demais, desculpa.’ Sorri fraco e ele balançou a cabeça concordando.

‘Já imaginou o Diego daqui a uns 15 anos?’ Arthur perguntou de repente observando Diego brincar. Fiquei algum tempo em silêncio também observando nosso filho.
‘Ná, não gosto de pensar nisso.’ Dei de ombros. ‘Tenho medo do futuro.’ Falei baixo, mais pra mim mesma do que pra ele, porém Arthur ouviu.
‘Medo, Lu?’ Ele perguntou passando a mão por minha cabeça.
‘Prefiro viver o presente, sem ter que ficar imaginando o futuro.’ Falei ainda com a cabeça encostada no peito dele.
‘E o que tanto te assusta no futuro?’ Ele perguntou calmamente.
‘Não sei.’ Dei de ombros e fiquei um tempo pensando. ‘Ver Diego crescer, ficar independente, sair de casa e formar a família dele, tenho medo de que algum dia eu fique ausente na vida dele. Medo de perder as pessoas que eu amo e que são essenciais pra mim, eu posso deixá-las escapar entre meus dedos, num piscar de olhos.’ Falei essa ultima parte pensando mais em Arthur do que em qualquer outra pessoa. ‘Eu posso dormir com você e Diego do meu lado, e no outro dia amanhecer sem vocês.’ Encostei meu queixo no ombro de Arthur exalando o perfume que vinha do seu pescoço. Ele balançou a cabeça em negação e pegou minha mão entrelaçando nossos dedos.
Um vento frio passou fazendo com que eu me encolhesse e botasse as mãos no bolso do casaco, deitei minha cabeça no ombro de Arthur novamente e ele me puxou mais pra perto me apertando mais em seus braços.


“ As long as you're alive , here I am
( Enquanto você estiver viva aqui estou eu )
I promise I will take you there
( Eu prometo que eu a levarei lá ) ”

Arthur cantou baixo The Taste Of Ink do The Used, e eu sorri suspirando.

“ And won't you think I'm pretty
( E você não acha que eu sou bonito )
When I'm standing top the bright lit city
( Quando eu estou de pé no topo da brilhante e iluminada cidade )
And I'll take your hand and pick you up
( Eu vou pegar sua mão e encontrar você )
And keep you there so you can see
( E deixar você lá para que você possa ver )
As long as you're alive and care
( Enquanto você estiver viva e se importer )
I promise I will take you there
( Eu prometo que eu a levarei lá )
As long as you're alive and care
( Enquanto você estiver viva e se importer )
I promise I will take you there
( Eu prometo que eu a levarei lá ) ”


Eu o ouvia cantar baixinho e pensava em como o tempo estava passando rápido. Já faziam seis meses que Arthur tinha saído do hospital, Diego já tinha completado três anos, em pouco tempo eu faria vinte. Se eu pudesse parava o tempo e o deixava bem ali, eu queria sempre me sentir assim, feliz e protegida. Ver meu filho brincar e ser abraçada pelo cara que eu amo, queria poder ter a certeza de que no futuro isso não iria mudar.
Eu achava incrível a forma como Arthur me fazia sentir, mais incrível ainda o fato dele estar sendo tão carinhoso comigo, eu me sentia amada do lado dele. Eu não sabia se ele realmente me amava ou se aquilo era apenas porque ele ainda não tinha saído e conhecido outras garotas, era estranho pensar que em pouco tempo ele já conseguia me amar.
Às vezes eu acho que nunca houve acidente nenhum, apenas uma lavagem cerebral no Arthur, que fez com que ele resolvesse olhar apenas pra mim e parar de sair com outras garotas.
Lembrei do que ele disse um pouco depois de sair do hospital; “eu te conheço há duas semanas, mas sinto como se te conhecesse da vida inteira. Eu sinto como se conseguisse te decifrar perfeitamente, como se eu te conhecesse melhor do que ninguém...”. Sorri lembrando da forma como ele disse isso e desisti de tentar entender aquilo tudo, talvez fosse algo muito além de qualquer coisa que pudesse ser explicada.

Addicted

Capitulo 15


‘Arthur, quer parar de mudar os canais?’ Bufei observando o teto da sala. Eu e Arthur estávamos assistindo tv, Diego já tinha ido dormir.
‘Não tem nada que preste passando.’ Ele deu de ombros.
‘Então desliga, oras.’ Já não agüentava mais ver Arthur passar por todos os canais existentes da tv.
‘Lu, você devia receber melhor as suas visitas.’ Ele brincou e eu dei língua.
‘Você não é visita, bonitinho. Fora que essa já é sua segunda noite aqui, se antes você já se sentia em casa, imagina agora.’ Sentei no sofá e peguei o controle da mão dele, desligando a tv. ‘Chega!’ Sorri vitoriosa e ele me olhou com cara de criança.
‘Já disse que você é chata, hoje?’ Ele riu e eu mandei dedo. ‘Sério, Lu! Eu quero ver tv.’ Ele fez manha e eu sorri olhando a tv desligada.
‘Procura outra distração, Arthur.’ Dei de ombros folhando uma revista sem prestar muita atenção.
‘Minha única outra distração tá ocupada olhando uma revista.’ Ele falou indiferente e eu nem desviei meu olhar da revista, sabia onde ele queria chegar.
‘Toma logo essa merda.’ Entreguei o controle de volta pra ele que sorriu vitorioso. ‘Vou dormir.’ Joguei a revista na mesa de centro e me levantei do sofá.
‘E eu vou ficar aqui vendo tv sozinho?’ Ele fez manha de novo e eu bufei.
‘Você quer que eu fique aqui te vendo passar por todos os canais existentes e inexistentes na tv?’ O olhei séria e levantei a sobrancelha.
‘Tá bom, já entendi que você tá de mal humor, na TPM ou alguma coisa do tipo.’ Ele bufou e se afundou no sofá.
‘Boa noite.’ Falei ignorando o comentário dele e fui pro quarto. Ele estava dormindo no quarto de hospedes, em frente ao meu.
Encostei a porta e deitei na cama me cobrindo até a cabeça. Não estava sendo nada fácil voltar a morar com Arthur, não conseguia me acostumar com essa idéia. Troquei de lado varias vezes tentando achar alguma posição pra dormir, mas meu sono parecia simplesmente ter sumido.


Fiquei encarando o teto por algum tempo, ou talvez por muito tempo. Olhei o relógio que já marcava 1 da manhã, bufei me levantando. Passei pela sala que estava toda apagada, Arthur já tinha ido dormir, bebi um copo de água e voltei pra sala deitando no sofá virada de costas pra tv e fechei os olhos tentando pegar no sono.
Senti um peso no encosto do sofá e abri os olhos um pouco assustada, Arthur sorriu carinhosamente acariciando meus cabelos e eu retribui voltando a fechar os olhos. Senti ele deslizar pelo encosto e cair deitado de frente pra mim. Ele se ajeitou no sofá fazendo com que nossas pernas se encaixassem e me abraçou pela cintura.
‘Não consigo dormir.’ Falei baixo me aninhando em seu peito. ‘Canta pra mim?!’ Sorri encarando seus olhos e ele fez uma careta engraçada. Arthur suspirou e começou a cantar baixinho enquanto acariciava minhas costas. ( musica )

"This call is meant to be brief, a simple hello ending with goodbye
( Essa ligação é para ser breve, um simples olá terminando com um adeus)
Then you say hello now, I am melting
( Então você diz olá, agora eu estou derretendo)
And now my goodbye becomes a goodnight
( E agora meu adeus se torna um boa noite)
I don't mind if you don't mind,
( Eu não me importo se você não se importa)
Please say you do not mind if this call goes on all night
( Por favor, diga que você não se importa se essa ligação durar a noite toda)
Cause I have more to say
( Porque eu tenho mais para dizer)
My afternoon was O.K., my evening was fine, but this night
( Minha tarde foi boa o início da minha noite foi bom, mas essa noite)
I want it to be the best night of our lives
( Eu quero que seja a melhor noite de nossas vidas)"


Sorri comigo mesma a cada pedaço da musica que ele cantava. Será que ele lembrava que aquela era uma das minhas musicas preferidas?

"Sweet darlin’
( Querida)
This is my confession to the crimes of wanting you badly
( Essa é a minha confissão pelos crimes de te querer tanto)
And darlin' if you're wondering, here's your answer
( E querida, se você estiver perguntando, aqui está sua resposta)
Yes I like you
( Sim, eu gosto de você)
I don't love you, I can't love you… yet
( Eu não te amo, eu não posso te amar... ainda.)"

“These calls are getting longer
( Essas ligações estão ficando mais longas)
And these nights go on and on and on forever
( E essas noites duram pra sempre)
I do believe I'm getting better knowing you, hopefully all of you
( Eu acredito que estou ficando melhor conhecendo você, espero que tudo de você)
Sitting watching movies we both know I do not watch a bit of it
( Assistindo uma sessão de filmes, nós dois sabemos que eu não assisto nem um pouco disso)
Cause I am much too busy
( Porque eu estou muito ocupado)
Leaving my hand close enough so you'll hold it
( Deixando minha mão perto o bastante para você segurá-la.)"

Senti Arthur passar o nariz carinhosamente pela minha bochecha, e deslizei minha mão do pescoço até sua nuca. Ele afastou um pouco o rosto, mas deixando nossos narizes ainda encostados. Sorri encarando seus olhos e ele me puxou fazendo com que nossos corpos ficassem ainda mais grudados e nossas bocas se encontrassem rapidamente.

Dessa vez eu sabia que ali haviam segundas intenções em cada toque. A mão dele escorregou pra dentro de minha blusa e eu senti um arrepio percorrer todo meu corpo. Mordi o lábio dele com força fazendo-o soltar um gemido abafado e senti sua mão apertar minha cintura. Arthur se virou ficando por cima de mim e eu passei a mão por dentro de sua camisa, passando a lentamente minha unha por sua barriga, ele contraiu o abdômen e eu sorri. A mão dele foi subindo por minha cintura, e minha blusa ia sendo levada junto, ele separou nossas bocas e foi beijando carinhosamente cada parte descoberta da minha barriga.
Não demorou muito e minha blusa já estava jogada em algum canto da sala, minha respiração estava falha e pesada e eu soltava gemidos baixinhos enquanto sentia a língua de Arthur em meu pescoço. Sussurrei algo como, quarto e Diego, ele entendeu o que eu queria dizer, já que no segundo seguinte me puxou pela cintura fazendo com que levantássemos juntos do sofá. Minhas unhas estavam encravas em suas costas com uma certa força, e eu sentia os dedos dele entrelaçados em meus cabelos massageando minha nuca.

Fomos caminhando lentamente, ele me guiava já que estava de frente. Levantei a camisa dele antes de chegarmos ao quarto e ele partiu o beijo sorrindo, eu sorri de volta e ele me agarrou novamente pela cintura enquanto eu jogava a camisa dele no chão do corredor. Entramos no quarto e Arthur fechou a porta rapidamente e me prensou contra a parede, eu soltei uma risada abafada por causa da pressa dele.
‘Pressa?’ Perguntei sorrindo enquanto sua respiração ofegante batia em meu rosto.
‘Você não imagina o quanto!’ Ele sorriu maliciosamente e voltou a me beijar com a mesma pressa.
Arthur pressionava meu corpo contra a parede, enquanto suas mãos passeavam livres por meu corpo e eu bagunçava seu cabelo e brincava com o elástico de sua boxer. Com um pouco de força eu afastei meu corpo da parede e fui o empurrando até a cama, suas mãos chegaram à barra do meu short e um segundo depois ele já estava no chão do quarto. Arthur me deitou delicadamente na cama, sem partir o beijo e ficou por cima de mim, encaixando suas pernas entre as minhas. Passei minhas unhas levemente por suas costas e senti ele se arrepiar e sorrir. Suas mãos subiram por minhas costas até o fecho do meu sutiã e ele tentou de uma forma meio desesperada abri-lo.
‘Merda!’ Ele falou irritado descendo os beijos pra meu pescoço e ainda tentando abrir meu sutiã.
‘Sai, seu idiota!’ Falei rindo alto e puxei a mão dele do meu sutiã, abrindo-o com apenas uma mão. Arthur sorriu pegando o sutiã da minha mão jogando-o bem longe, eu ia rir novamente se ele não tivesse grudado nossas bocas e voltado a me beijar, dessa vez com mais força.
Rapidamente ele desceu a mão até a minha calcinha e brincou com o elástico dela, da mesma forma que eu tinha feito com sua boxer. Seus dedos passeavam pela barra da minha calcinha e se ele não estivesse me beijando com tanta força meus gemidos iam sair um pouco altos.
Arthur desceu os beijos por meu pescoço, barriga, até embaixo do meu umbigo e depois me olhou com uma cara fofa, como se pedisse permissão. Eu sorri mordendo o lábio, na verdade estava com vergonha, era como se fosse nossa primeira vez, pelo menos pra ele era assim. Depois que ele tirou minha calcinha por completo, sorriu e voltou a me beijar, não demorou muito pra sua boxer também estar jogada no chão do quarto. Quando ele foi beijar meu pescoço eu o empurrei pelo peito e ele me olhou sem entender.
‘A camisinha!’ Sussurrei respirando pausadamente. ‘No criado mudo!’ Olhei para a gaveta ao lado da cama e ele balançou a cabeça esticando o braço e mexendo rapidamente na gaveta.
Quando achou o preservativo sorriu e o abriu com pressa.

Minutos depois....
senti Arthur largar o peso do seu corpo sobre o meu e cair ao meu lado na cama. Ele me abraçou pela cintura sorrindo e me deu um selinho. Passei a mão por seu cabelo que tinha algumas gotas de suor e me aninhei em seu peito.
Deixamos que o silêncio tomasse conta do quarto, ele era sempre mais agradável. Senti uma felicidade passando por todo meu corpo, e sorri sozinha ouvindo o coração de Arthur ainda um pouco acelerado. Minutos depois eu adormeci sentindo Arthur fazer carinho em minhas costas nuas.

sábado, 24 de março de 2012

O Amor está em jogo 2ª temporada

Capitulo 4

Pov DiRo

Achamos que agora nada mais atrapalha nossa felecidade,pois o Amor está pra valer.
E nada vai nos Separar.

Pov Narrador:

Depois de tudo isso mais cinco anos se passaram Sophia e Lua agora com 12 anos
Chay 10 e Micael 8

A vida deles nunca mais tiveram uma vida normal , mas nada anormal até que tudo o que é bom acaba é
essa historia acaba aqui até poq não tem muita graça mais , quem sabe um dia essa historia continue, mas por enquanto não tem como mais .

E como sempre O Amor Esteve Em Jogo.

Fim ou pode ser um recomeço de historia?

Mas eu acho por enquanto foi um Fim.

Addicted

Capitulo 14 



‘Mãe!’ Senti uma mão em meu rosto e abri os olhos lentamente. Sorri ao ver Diego me olhando com uma cara sapeca.
‘Parabéns, meu amor.’ Beijei a palma da sua mão e ele riu. ‘Três aninhos meu príncipe, ai como o tempo tá passando rápido!’ O abracei apertado.

‘Xixi.’ Diego falou apontando pro banheiro. Me espreguicei e levantei da cama olhando o relógio no criado mudo que marcavam 8 da manhã. Peguei Diego no colo e o levei até o banheiro. Escovei meus dentes e os dele, passei uma água no rosto e arrumei meu cabelo. Me olhei alguns instantes no espelho e lembrei que ainda não tinha comprado o presente de Diego, a correria durante as semanas antecedentes ao seu aniversário foi tanta que eu acabei não tendo tempo de ir ao shopping.


‘Bom dia!’ Sorri entrando na cozinha onde Katia tomava café.
‘Bom dia!’ Ela se levantou e pegou Diego no colo. ‘Parabéns, meu netinho lindo!’ Ela deu um beijo na bochecha dele que sorriu. ‘Ai Lu, que cabeça a minha. Te dei uma roupa pra dormir e esqueci de pegar alguma outra pra você vestir quando acordasse.’ Ela riu batendo na própria testa.
‘Não tem problema, Katia.’ Falei um pouco sem graça, e observei a blusa que eu vestia. ‘O Arthur não acordou ainda?’ Perguntei estranhando ele ainda não ter aparecido.
‘Não, mas tenho certeza que ele adoraria ser acordado pela namorada e pelo filho.’ Ela falou animada e eu senti meu rosto arder. Namorada?
‘Hm, vou lá então.’ Falei baixo pegando Diego pela mão e indo novamente em direção à escada. ‘A gente vai acordar o papai, tem que fazer silêncio tá bom?’ Falei colocando o dedo indicador na boca e Diego me imitou com uma cara sapeca.

Abri a porta do quarto de Arthur com cuidado e sorri ao vê-lo deitado de barriga pra baixo e só de boxer. Me aproximei com Diego e me sentei no chão ao lado da cama, observando-o respirar calmamente. Fiquei algum tempo perdida em meus pensamentos, até Diego me cutucar e apontar pra Arthur sorrindo. ‘Acorda o papai, com cuidado!’ Falei baixinho e ele balançou a cabeça concordando.
‘Papai.’ Diego o chamou e passou a mão por seus cabelos. Eu sorri comigo mesma quando Arthur abriu os olhos lentamente e sorriu também.
‘Bom dia!’ Ele falou com a voz embolada e se espreguiçou esfregando os olhos. ‘Heey, parabéns campeão!’ Ele pegou Diego no colo e o abraçou. ‘Bom dia!’ Ele sorriu pra mim e eu retribui.
‘Bom dia, belo adormecido!’ Brinquei e ele deu língua. 
‘Deixa eu escovar os dentes e passar uma água pelo rosto.’ Ele falou deixando Diego na cama e indo para o banheiro. 
‘Mamãe!’ Diego me chamou apontando para um carrinho que estava na estante e eu sorri.
‘Toma, meu amor.’ Entreguei o carrinho pra ele que sorriu e começou a brincar sentado na cama de Arthur.

‘Lu!’ Arthur me chamou com a boca cheia, provavelmente de pasta de dente. Me levantei e fui até o banheiro observando-o fazer uma cara engraçada enquanto terminava de escovar os dentes. ‘Eu ainda não comprei o presente do Diego.’ Ele falou rindo.
‘Não acredito, Arthur, que tipo de pai você é?’ Falei rindo. Ele não sabia que eu também não tinha comprado nada ainda.
‘Ah desculpa, mas essa semana foi corrida com os preparativos da festa, e também os ensaios.’ Ele se defendeu fazendo uma cara culpada. ‘E você, comprou o quê?’ Ele me olhou e eu sorri sem graça.
‘Nada também.’ Fiz uma cara sapeca e Arthur gargalhou. ‘Tá, eu também não tive tempo de ir ao shopping e tal.’ Dei de ombros.
‘Que horas são?’ Ele perguntou enquanto passava água pelo rosto. 
‘Hm...oito e pouquinha, porque?’ Observei Diego que ainda brincava com o carrinho.
‘Vamos ao shopping comprar o presente do nosso filho.’ Ele sorriu.
‘Arthur, eu nem tenho roupa!’ Falei olhando-o assustada.
‘Hm...eu gostei dessa.’ Ele sorriu safado olhando pra minhas pernas descobertas e eu cerrei os olhos. ‘Tá, mas eu não deixaria você sair assim, iam ter muito marmanjos babando em você.’ Ele falou saindo do banheiro. ‘A gente passa em casa, você troca de roupa e a gente vai. Tá cedo ainda, dá tempo.’ Ele sorriu sentando na cama e botando Diego no colo.
‘Ok, ok.’ Bufei. ‘Vou procurar uma roupa pra ir até em casa.’ Falei indo até a porta. ‘Fica com o Diego enquanto isso.’ Sorri e saí do quarto. 


‘Espera, vou trocar de roupa rápido e a gente vai!’ Falei entrando em casa e Arthur concordou. Deixamos Diego com Katia, para fazer uma surpresa. Corri até o quarto e peguei uma calça jeans, uma blusinha branca e calcei meu all star. Fui até o banheiro, arrumei meu cabelo, passei um perfume e voltei pra sala. ‘Vamos?’ Sorri pra Arthur que estava deitado no sofá com os olhos fechados.
‘Vamos.’ Ele sorriu se levantando. ‘Preferia a outra roupa.’ Ele me analisou e sorriu.
‘Cala boca, idiota!’ Dei um pedala nele rindo sem graça.

Chegamos ao shopping e fomos a uma loja de departamentos que tinha por lá.
‘Arthur eu acho que a parte de brinquedos é por lá.’ Falei em duvida.
‘Eu acho que é por lá!’ Ele apontou pro lado aposto ao que eu apontava. ‘Moça! Onde fica a parte de brinquedos?’ Arthur perguntou para uma funcionária que passava por ali.
‘Por ali!’ Ela sorriu simpática e mostrou o lado para que Arthur apontava. Ele olhou pra mim sorrindo vitorioso e eu dei um soquinho em seu braço.
‘Então, o que vamos levar?’ Perguntei analisando uma área enorme com os mais variados brinquedos.
‘A gente podia levar esse quadriciclo!’ Ele falou com um sorriso infantil no rosto. O quadriciclo não era grande, era para crianças mesmo, mas não uma de 3 anos.
‘Arthur, o Diego tem 3 anos.’ O olhei controlando um riso.
‘Ah, mas é legal!’ Ele continuou com o sorriso bobo olhando para o brinquedo.
‘Arthur, ele só iria conseguir andar nisso daqui a pelo menos 5 anos. Deixa de ser retardado, se quiser compra um quadriciclo pra você!’ Falei rindo e dei um pedala nele.
‘Tá bom, mamãe!’ Ele bufou e depois riu. ‘Pode ser um carrinho de controle remoto!’ Ele sorriu apontando alguns carrinhos em uma estante.
‘Será que ele vai gostar?’ Perguntei em duvida.
‘Lu, qualquer garoto gosta de carrinhos. Você não viu que ele tava brincando com o meu lá no quarto?’ Ele falou pegando um dos carrinhos e analisando, fez uma careta e botou de novo na estante, e assim sucessivamente até achar um legal. ‘Ah, gostei desse!’ Ele sorriu satisfeito.
‘Exigente você huh?’ Falei brincando.
‘Claro, não vou dar qualquer coisa pra meu filho! Nosso presente é o melhor, ele nem vai lembrar dos que ganhou ontem!’ Ele fez uma cara convencida e eu rolei os olhos.
‘Ok, ok Arthur, vamos logo que eu quero ajudar Katia com os preparativos do almoço.’ Falei o puxando pela camisa.
‘Tá, fica aí que eu vou lá pagar.’ Ele falou já se afastando.
‘Arthur!’ Falei num tom um pouco alto. ‘O presente não é nosso?’ Falei em duvida.
‘Claro!’ Ele fez uma cara obvia. 
‘Então não é você que vai pagar, somos nós dois!’ Me aproximei dele e peguei o carrinho de suas mãos.
‘Claro que não Lu, deixa que eu pago!’ Ele pegou o carrinho de volta. ‘Vou lá!’ Ele foi em direção ao caixa e eu respirei fundo.
‘Arthur!’ O puxei pela barra da camisa e ele me olhou assustado por causa do meu tom de voz. ‘A gente vai dividir e ponto.’ Fiz uma cara séria e ele bufou.
‘Cara como você é chata!’ Ele abaixou os ombros derrotado e eu sorri vitoriosa.
‘Vai, vamos pagar!’ Peguei o carrinho e fui em direção ao caixa com Arthur logo atrás de mim. 


‘Diego, não faz assim meu amor!’ Falei pegando a colher da mão de Diego que brincava de jogar comida pra fora do prato enquanto Arthur ria. ‘E você pára de rir, ele tá achando que isso é certo.’ Olhei pra Arthur que deu de ombros.
‘Ele é criança Lu, deixa ele se divertir!’ Arthur passou a mão pela cabeça de Diego e eu bufei. Estávamos dando comida pra Diego em uma mesa no jardim da casa de Katia, já que lá dentro estava um pouco cheio com os amigos e os familiares dela.
‘Bincá!’ Diego falou sacudindo a colher e sorrindo.
‘Tá bem, chega de comida Diego, já vi que você não quer mesmo.’ Peguei o prato dele e me levantei. ‘Vou levar lá dentro.’ Falei já andando em direção a cozinha da casa.
‘Lu, vou levar o Diego pra conhecer o bosque, você vem?’ Voltei pro jardim e Arthur estava com Diego no colo. Fiquei alguns instantes lembrando da ultima vez que eu e Arthur estivemos no bosque e fiquei insegura quanto a voltar lá de novo.
‘Não, vão vocês. Eu vou ajudar Katia e depois descansar um pouco.’ Sorri fraco e Arthur balançou a cabeça concordando. Observei os dois se afastarem rindo e soltei um longo suspiro indo novamente em direção a cozinha. Passei pela sala sorrindo fraco pra Katia e resolvi subir um pouco. 
Fechei a porta e o barulho das vozes diminuiu, sorri comigo mesma e deitei na cama, fiquei algum tempo pensando em tudo que vinha acontecendo ultimamente. Eu e Arthur havíamos nos reaproximado, e eu ainda não sabia direito o que fazer a respeito disso. Bufei deitando de lado e fechei os olhos para tentar tirar qualquer pensamento da minha cabeça. 


‘Hey!’ Senti alguém passar a mão por minha cabeça e abri os olhos piscando algumas vezes. Quando consegui focalizar minha visão no rosto próximo ao meu, sorri fraco pra Arthur que botou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. ‘Depois eu que sou o belo adormecido né?’ Ele falou brincando e eu sorri.
‘Que horas são? Eu subi pra descansar um pouco, mas acho que dormi demais né?’ Fiquei sem graça e ele balançou a cabeça.
‘Você tava precisando descansar mesmo.’ Ele se mexeu um pouco e eu percebi que ele estava deitado do meu lado na cama.
‘Cadê o Diego?’ Levantei a cabeça e olhei pelo quarto, mas não havia mais ninguém.
‘Lá embaixo vendo desenho. Subi pra ver se você tava bem.’ Ele sorriu meigo e eu fiquei o encarando sem saber o que dizer. Passei minha mão por seus cabelos, arrumando-os carinhosamente e ele fechou os olhos sorrindo, desci minha mão passando o dedo indicador delicadamente pela testa dele e depois acariciei sua bochecha. Era uma sensação boa tocar a pele branquinha dele. Arthur abriu os olhos ainda sorrindo, pegou minha mão, beijou carinhosamente a palma e depois entrelaçou nossos dedos. Eu sorri fraco sem desviar do olhar dele e senti que ele se aproximava devagar, não me afastei e nem tentei pará-lo. A quem eu estava tentando enganar? Eu queria aquilo, eu precisava sentir o gosto dele novamente. 
Com a mão livre ele acariciou minha bochecha e depois a deslizou para a nuca. Eu observei seu rosto bem de perto, analisando cada traço, cada mínimo detalhe. Senti o nariz dele encostar no meu e suspirei fraco fazendo-o sorrir quando minha respiração tocou em sua boca. Quando a distância entre nós já era praticamente nula, Arthur resolveu “brincar” de ficar roçando nossas bocas, eu não contestei, apenas entrei na brincadeira também, sabia que não ia durar muito tempo. Depois de alguns segundos entre risinhos, ele me puxou delicadamente pela nuca e nossas bocas finalmente se encostaram. Senti a língua dele passar lentamente pela minha boca e a abri tentando guardar aquela sensação pra sempre. Era um beijo delicado e sem pressa, nós queríamos apenas aproveitar aquele momento. Arthur botou nossas mãos ainda entrelaçadas em suas costas me puxando mais pra perto, e eu encaixei uma das minhas pernas entre as suas. 

Parti o beijo dando uma mordida fraca no lábio inferior de Arthur, e ele sorriu me dando um selinho. O olhei em silêncio levando minha mão livre até sua nuca e a acariciando. Ele soltou nossas mãos que estavam entrelaças e me abraçou pela cintura passando o outro braço por debaixo da minha cabeça, eu encostei minha cabeça em seu ombro sem parar de fazer carinhos em sua nuca. O silêncio no quarto em alguma outra ocasião poderia ser assustador, mas ali era apenas um silêncio, talvez tivéssemos medo de falar alguma coisa e acabar estragando o momento. Ficamos ali por intermináveis minutos, apenas aproveitando a presença um do outro e fazendo carinhos sem segundas intenções. Ele passava os dedos por minhas costas como se desenhasse alguma coisa e eu bagunçava seus cabelos com o rosto quase enterrado em seu pescoço, o perfume dele sempre me deixa dopada.

Ouvimos a voz de Diego lá embaixo e isso pareceu nos despertar. 
‘Melhor a gente descer.’ Falei baixo me soltando um pouco de Arthur e ele concordou sem parar de me abraçar. Eu o olhei sorrindo e ele me deu um selinho me soltando em seguida. ‘Vou lavar o rosto.’ Me levantei e fui até o banheiro, passei uma água no rosto e prendi meu cabelo em um coque frouxo. O sol já tinha sumido a algum tempo e eu só reparei quando saí do banheiro e me deparei com o quarto escuro. 
‘A gente tá bem agora?’ Arthur perguntou me abraçando pela cintura e encostando nossas testas. Eu mal conseguia enxergar seu rosto, mas sabia que ele estava sorrindo. Sussurrei um ‘uhum’ e passei meus braços por seu pescoço. Ele me puxou um pouco pela cintura fazendo com que meus pés saíssem do chão e eu sorri encostando nossas bocas. Não ficamos nos beijando durante muito tempo, já que a voz de Diego no andar de baixo novamente chamou nossa atenção. 

‘Ei, meu amor!’ Falei carregando Diego e beijando-lhe a bochecha. ‘Cadê a Katia?’ Perguntei olhando em volta, mas só quem estava por ali eram Micael, Sophia e Pedro.
‘Ela já foi né, Lu?’ Soph fez uma cara obvia e eu olhei incrédula pra Arthur.
‘Arthur! Não acredito que você não me acordou pra eu me despedi da sua mãe!!’ Falei séria.
‘Ela pediu pra não te acordar!’ Ele levantou os braços mostrando que era inocente e eu bufei. ‘Ela disse que você tava muito cansada e por isso não queria te acordar, mas ela prometeu que liga amanhã!’ Ele sorriu e eu concordei balançando a cabeça.
‘Vamos pra casa, príncipe?’ Sorri pra Diego, ele olhou pra Arthur sorriu. Peguei minha bolsa e me despedi das pessoas que ainda estavam lá.

‘Eu devo ir pra lá na sexta. Preciso resolver as coisas por aqui e o comprador vem essa semana dar uma olhada na casa.’ Arthur falou enquanto caminhávamos até o carro.
‘Ok.’ Sorri fraco. Ainda não tinha me acostumado com a idéia de que Arthur iria voltar a morar lá em casa. 
‘Que animação.’ Ele foi irônico e eu o olhei um pouco irritada.
‘Você quer o quê, Arthur? Que eu faça uma festa de boas vindas? Que eu fique com um sorriso estampado no meio da cara o tempo todo?’ Perguntei impaciente enquanto botava Diego na cadeirinha do banco de trás.
‘Não quero festa e nem sorrisos falsos, Lu. Só queria que você ao menos disfarçasse o fato de não se sentir bem com isso tudo que tá acontecendo. Eu falei pra você que podia ir morar com o Micael ou o Pedro sem problemas...’
‘Não!’ Eu o interrompi aumentando meu tom de voz. ‘E eu já disse que não tem problema nenhum você voltar a morar na SUA casa.’ Fechei a porta de trás com um pouco de força e ele ficou me olhando assustado. Botei a mão na testa respirando fundo. ‘Ok, desculpa.’ Relaxei meus ombros e encarei o asfalto.
‘Tudo bem.’ Arthur sorriu fraco.
‘Melhor eu ir.’ Falei baixo e ele balançou a cabeça concordando. ‘Tchau.’ Sorri mostrando que não queria sair de lá brigada com ele. Arthur segurou meu rosto com as duas mãos e me deu um selinho demorado.
‘Tchau.’ Ele sorriu de uma maneira fofa e eu me afastei entrando no carro e sorrindo comigo mesma.